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CNE endurece validação de diplomas médicos e afeta estudantes brasileiros que cursam medicina na Bolívia
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta quinta-feira (5) uma resolução que torna obrigatória a realização do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos) para médicos formados no exterior, eliminando as exceções que anteriormente facilitavam o processo de validação. A medida, proposta pelo Ministério da Educação (MEC), ainda precisa ser homologada pelo ministro Camilo Santana, o que é dado como certo.
Um levantamento realizado pelo Estadão aponta que a nova regra terá um impacto significativo na vida de estudantes brasileiros que cursam medicina em universidades estrangeiras, especialmente na região de fronteira do Acre. Cidades como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil são vizinhas de Cobija, na Bolívia, onde instituições como a UNITEPC, UPDS e UAP são destinos frequentes de jovens acreanos e de outros estados em busca do tão sonhado diploma de médico.
Na fronteira, muitos estudantes optam por cursar medicina na Bolívia devido aos custos reduzidos e à facilidade de acesso. Com a mudança, o caminho para exercer a profissão no Brasil será mais desafiador, já que o Revalida exige um nível elevado de conhecimento técnico e teórico, alem da medicina, estudantes terão de aprender a língua espanhola para a realização da faculdade e a língua portuguesa para as manobras de “pegadinhas” nas provas.
O CNE justificou a medida como uma forma de “moralizar e elevar o rigor dos controles de qualidade da educação superior no Brasil”. Segundo Otavio Luiz Rodrigues Jr., presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, a decisão busca assegurar que os médicos formados no exterior estejam preparados para atender a população brasileira. “Queremos profissionais cada vez mais qualificados”, afirmou.
Caso a regra seja homologada, universidades e estudantes terão 12 meses para se adequar. Os processos de validação iniciados antes desse prazo não serão afetados. No entanto, os futuros estudantes de universidades como UNITEPC, UPDS e UAP já terão que se preparar para enfrentar o rigoroso Revalida caso queiram atuar no Brasil.
Para muitos, o desafio será grande, mas há quem veja na medida uma oportunidade. “Isso nos força a estudar ainda mais e a nos preparar para sermos competitivos. Quem realmente quer ser médico vai encarar isso como um incentivo, não um obstáculo”, argumenta uma aluna do quarto ano de medicina da UPDS.
A decisão do CNE também introduziu critérios mais rígidos para a validação de diplomas de mestrado e doutorado obtidos no exterior, o que deve afetar profissionais de diversas áreas que buscam qualificação fora do país.
Com isso, o Brasil eleva o controle sobre a entrada de profissionais com formação internacional, o que promete, a longo prazo, melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população, mas gera incertezas para jovens em formação. Na fronteira, onde sonhos e realidades cruzam barreiras geográficas, o impacto pode ser sentido a depender do nível de conhecimento adquirido pelos estudantes.
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Justiça nega liberdade provisória a acusado de latrocínio de vigilante em escola de Rio Branco
Leandro Mendes dos Santos, baleado durante o crime, continuará preso preventivamente por decisão do juiz Gustavo Sirena
O detento Leandro Mendes dos Santos, um dos acusados pelo latrocínio do vigilante Raimundo de Assis Souza Filho, teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça do Acre. A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Sirena, da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco.
A defesa do réu havia solicitado a revogação da prisão preventiva, propondo a substituição por medidas cautelares. No entanto, o magistrado indeferiu o pedido, levando em consideração a gravidade do crime e o histórico do acusado.
Embora Leandro não tenha condenações registradas após a maioridade, o juiz destacou que, enquanto menor, ele foi sentenciado por ato infracional análogo ao crime de roubo e submetido à medida de internação, que acabou descumprida. “A natureza violenta dos fatos imputados justifica a manutenção da prisão preventiva”, afirmou Sirena na decisão.
Leandro Mendes foi baleado durante a troca de tiros com o vigilante no corredor da Escola Maria Raimundo Balbino, na região da Sobral, onde ocorreu o crime na manhã do dia 7 de abril deste ano. No mês passado, ele, juntamente com Valdeusmar Bezerra da Silva e Francisco do Nascimento Costa, tornou-se réu pelo assassinato.
O trio responde pelo latrocínio — roubo seguido de morte — de Raimundo de Assis Souza Filho, que trabalhava como vigilante na unidade escolar no momento do ataque. O caso gerou grande comoção na comunidade escolar e reforçou o debate sobre segurança nas instituições de ensino da capital acreana.
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Prefeito Tião Bocalom acompanha chegada das primeiras vigas do Elevado Mamédio Bittar em Rio Branco
Obra, financiada por emenda do senador Marcio Bittar, é considerada marco para a mobilidade urbana da capital acreana
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), registrou nesta quinta-feira (12) o avanço das obras do Elevado Mamédio Bittar, situado em frente à sede da AABB, na região central da capital. As primeiras vigas da estrutura chegaram ao canteiro de obras, marcando uma nova etapa no cronograma do empreendimento.
Em publicação nas redes sociais, Bocalom classificou o projeto como um “marco de desenvolvimento” para a cidade, destacando o impacto positivo que a obra terá na infraestrutura viária e na valorização urbana. “Estamos transformando a mobilidade da capital. Este elevado é um símbolo do progresso que queremos para Rio Branco”, escreveu o prefeito.
O projeto faz parte de um pacote de intervenções planejadas pela prefeitura para modernizar o sistema de tráfego da cidade. Batizado em homenagem ao pai do senador Marcio Bittar (União), o elevado está sendo financiado por meio de emenda parlamentar do próprio senador, conforme informado pela gestão municipal.
A previsão da prefeitura é que a obra seja concluída e entregue à população entre os meses de setembro e outubro deste ano. A estrutura deverá contribuir para a fluidez no trânsito da região, considerada um dos principais corredores urbanos de Rio Branco.
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Operação da Polícia Civil desmantela esquema de receptação de motos roubadas da Bolívia
Motocicletas com sinais de adulteração foram apreendidas em residência de Brasiléia; suspeito está sendo investigado por receptação qualificada
A Polícia Civil do Acre realizou, na manhã desta quarta-feira (11), uma operação que resultou na apreensão de motocicletas roubadas ou furtadas provenientes da Bolívia. A ação foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima indicando que veículos de origem ilícita estavam sendo receptados e comercializados em uma residência no município de Brasiléia, na fronteira com o país vizinho.
Durante a diligência, os investigadores localizaram várias motocicletas no imóvel indicado, mas encontraram apenas uma pessoa no local, que alegou não ser o proprietário da casa. O verdadeiro responsável, identificado como J.S.P., foi contatado por telefone, mas não atendeu à convocação da polícia nem apresentou a documentação exigida para os veículos.
Na inspeção preliminar, os agentes constataram sinais de adulteração nos chassis e nas placas das motocicletas. Em seguida, as informações foram repassadas à DIPROVE (Dirección de Prevención de Robo de Vehículos), autoridade boliviana especializada no combate ao roubo de veículos, que confirmou que os veículos haviam sido furtados ou roubados em território boliviano.
As motocicletas foram apreendidas e encaminhadas à Delegacia para os procedimentos cabíveis. Um inquérito foi instaurado, e J.S.P. poderá responder por receptação qualificada e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, conforme prevê o Código Penal Brasileiro.
O delegado Erick Ferreira Maciel, que coordenou a operação, ressaltou a importância da integração com as autoridades bolivianas e a gravidade do esquema:
“Estamos lidando com uma possível rede de atravessadores que atuam na fronteira, facilitando o comércio ilegal de veículos roubados. O principal suspeito já é conhecido da polícia e será intimado. Seguiremos com as investigações para identificar todos os envolvidos e desarticular essa cadeia criminosa”, afirmou.
A Polícia Civil reforça que denúncias podem ser feitas de forma anônima, pelo número 181, e destaca que a colaboração da população é essencial para o combate ao crime organizado na região de fronteira.
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