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Candidato a deputado federal denuncia ‘proposta’ de liderança do Comando Vermelho

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Assédios feitos por integrantes de grupos criminosos a candidatos está se tornando cada vez mais comum no Acre

Com Folha do Acre

“Tu me arranja uns R$ 100 mil que eu vejo lá pra ti se eu consigo garantir uma base de uns 4 a 5 mil votos nos bairros que a gente domina!”. A frase parece um diálogo extraído do roteiro do filme Tropa de Elite. Um enredo de cinema, refletido na realidade do alto grau de violência e corrupção que alcançaram estados como o Rio de Janeiro. Mas, infelizmente, não é ficção. Tal proposta, colocada assim de forma bem objetiva, sem rodeios nenhum, foi feita a um político de Rio Branco.

Um candidato a deputado federal, que preferiu não revelar a sua identidade a fim de não comprometer sua segurança, denunciou a situação com exclusividade A GAZETA. Ele contou que, neste episódio, não foi abordado diretamente. A proposta descrita no começo do texto foi lançada por um membro da facção do Comando Vermelho. Foi feita durante uma partida de futebol informal, a famosa ‘pelada’, não ao candidato denunciante, e sim a outro colega político seu, um candidato a deputado estadual, mas ele, de pronto, se recusou a aceitá-la.

O assédio feito por integrantes de grupos criminosos a candidatos está se tornando cada vez mais comum no Acre, um Estado que, em se tratando do crime organizado, vale sempre a pena frisar, tem a maior parte do seu território em fronteiras com a Bolívia e o Peru (condição geográfica muito favorável ao narcotráfico de drogas e de armas). Já não é mais um fenômeno restrito à política carioca, paulista ou de outros grandes estados. As tentativas de facções em se infiltrar na política e demais poderes são cada vez mais crescentes bem aqui, no Acre.

Os integrantes das facções estão enraizados nos bairros. Eles visam políticos que têm mais nome, tidos como promessas de ‘renovação para o futuro’, com mais chances de sucesso eleitoral, para tentar fazer o primeiro contato, e ver no que vai dar daí em diante.

Se o político se mostrar receptivo, por meio deste aliciado, a ideia é conseguir ampliar o poderio e a influência da facção dentro da sociedade organizada. Alguns grupos tentam até preparar advogados e lideranças de bairros para criar seu próprio candidato ‘não oficial’ por fora (aquela pessoa que ninguém vai suspeitar que possa ter ligações com o submundo do crime), mas que defenda interesses do grupo criminoso no campo da legalidade.

O candidato a deputado federal contou que a proposta dos R$ 100 mil durante ‘a pelada’ não foi a única vez em que vivenciou o assédio de facções do crime organizado a políticos locais. Ele recordou de uma vez em que andava no Bairro Quinze, sem fins políticos, apenas por trafegar no local mesmo, visitando alguns amigos comerciantes. Passando por lá, foi abordado por um rapaz que disse ter ouvido falar da possível candidatura e que conhecia um membro de facção que poderia ajudá-lo com votos no bairro, em troca de tráfico de influência política.

“A abordagem ao político pode acontecer em qualquer agenda, ou até mesmo no cotidiano. Essa questão do crime organizado tem que ser debatido com mais ênfase em todo o Brasil, e principalmente aqui no Acre. A grande preocupação que temos é a da geração de emprego e renda para os nossos jovens. O nosso maior risco é a desocupação. Precisamos movimentar a nossa economia porque cada emprego gerado é um esforço para tirar um jovem desse mundo. Os empresários são os grandes salvadores da juventude”, frisou o candidato denunciante.

Ele também apontou como solução repensar o sistema carcerário no Brasil, acabando com presídios que funcionam mais a serviço de recrutamento de novos integrantes para as facções.

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC), que informou não haver em tramitação nenhum julgamento de caso de candidatos nestas eleições ligados ao crime organizado. O órgão, a propósito, não recebe denúncias nesse sentido de assédio de facções a candidatos, mas frisou que denúncias desta natureza podem ser feitas para a devida apuração do Ministério Público, ou ainda, por se tratar de grupos criminosos estruturados, junto às polícias Civil e Federal.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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