Acre
Cafés acreanos estão entre os 30 melhores do Brasil e se destacam em concurso nacional
Quatro produtores de café robusta amazônico do Acre conquistaram reconhecimento nacional ao ficarem entre os 30 melhores cafés do Brasil. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira, 24, pelos organizadores do concurso Coffee of the Year, em português, Café do Ano.
Os vencedores serão anunciados no dia 7 de novembro, na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG), um dos mais importantes eventos do setor cafeeiro do mundo.
Para o secretário de Agricultura, Luís Tchê, o reconhecimento é resultado de um trabalho contínuo desenvolvido pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), que há anos vem investindo na cadeia produtiva do café com ações incluem capacitações técnicas, entregas de mudas, calcário, análise do solo e a realização do concurso Qualicafé, que estimula a melhoria da produção e valoriza o produtor rural.
“Esse resultado mostra que o Acre está no caminho certo, valorizando o produtor e mostrando que é possível produzir café de alta qualidade na Amazônia”, destacou secretário de Agricultura Luís Tchê.
Os produtores acreanos que estão na final do concurso por ordem alfabética:
- Luiz Ferreira das Chagas – Sítio São Francisco, Cruzeiro do Sul
- Felipe de Lara Caffer – Colônia Simpatia, Acrelândia
- Vanderlei de Lara – Colônia Lara, Acrelândia
- Wagner Alvares – Estância Taquarí, Acrelândia
Entre os finalistas do concurso, está o produtor, Vanderlei de Lara, o resultado, segundo ele, é motivo de orgulho não apenas para sua família, mas para todo o estado, que vem se destacando na produção de café robusta amazônico.
“É um motivo de muita alegria, satisfação, de a gente ter conseguido ficar entre os melhores do Brasil”, comemorou Vanderlei. “Inclusive, não é só para nós, a família, é para o Acre todo. Isso é pra a gente ser reconhecido, que o robusto amazônico tem grande poder, grande potência, e divulgar o nosso estado, pra que possa chegar no nível mais alto possível”, destacou.

O produtor destacou que o reconhecimento é fruto de um trabalho construído ao longo de gerações. “Esse é um mérito familiar, porque nós somos um trabalho familiar. Aqui nós trabalhamos de pai, avô, neto, filho, todos em prol do café. Hoje nós vivemos do café”, explicou.
Vanderlei lembrou ainda que, ano após ano, a família participa dos concursos estaduais e sempre obtém boas notas, resultado de muito empenho e dedicação. “Agora, pela primeira vez, eu participei dos melhores do Brasil e nosso nome apareceu entre os melhores. Isso é muito gratificante para a gente”, afirmou.
Com esses investimentos, o Acre tem se destacado cada vez mais no cenário nacional pela qualidade e sustentabilidade do café produzido na região amazônica.
Já o produtor Wagner Alvares, é finalista neste concurso pelo segundo ano consecutivo e mostra sua dedicação com a lavoura. “Desde que comecei a plantar café, em 2018, tenho me dedicado ao melhoramento genético das plantas, escolhendo os melhores clones. Em 2023, fomos campeões do primeiro Qualicafé com o Reginaldo, e no ano passado fomos finalistas do Coffee of the Year, pelo segundo ano consecutivo. Este ano, se Deus quiser, estaremos no degrau de cima, levando o nome do Acre e do município de Acrelândia ao topo dos cafés robustos do nosso país”, destacou.
Sobre o concurso
Produtores de todo o Brasil enviam suas amostras para as categorias arábica e canéfora. Esses cafés são torrados e provados por profissionais licenciados Q-Graders e R-Graders do Coffee Quality Institute (CQI).
As 180 melhores amostras, sendo 150 de arábica e 30 de canéfora, são disponibilizadas nas salas de cupping (onde provam os cafés) durante os três dias de SIC.
Lá, os compradores nacionais e internacionais podem provar os cafés e conhecer seus produtores. Em paralelo, os 10 mais bem pontuados de arábica e os 5 de canéfora (robustas) são apresentados ao público do evento em uma degustação às cegas, no método filtrado. A votação dos visitantes complementa a pontuação final e ajuda a eleger os grandes vencedores da edição.
A cerimônia de premiação acontece no último dia de SIC, no grande auditório, onde serão conhecidos quem são os grandes destaques do ano.
História
Criado em 2012, o Coffee of the Year, em Português, Café do Ano, tem como missão reunir os melhores cafés do Brasil, reconhecer os grandes destaques do ano e valorizar novas origens que estão transformando a produção nacional.
Ao premiar a qualidade e a diversidade do café brasileiro, o concurso incentiva o aprimoramento das lavouras, fortalece o posicionamento do país no cenário global e conecta produtores às principais oportunidades de mercado.
O Coffee of the Year também se consolidou como pioneiro ao incluir, desde o início, as duas espécies produzidas no Brasil – arábica e canéfora (conilon/robusta) estimulando a qualidade e dando visibilidade a diferentes perfis sensoriais e regiões produtoras.
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Acre
SEE convoca professores aprovados em seletivo para entrega de documentos

A Secretaria de Estado de Administração (Sead) e a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) do Acre publicaram nesta segunda-feira, 10, o Edital nº 090/2025, convocando candidatos aprovados no seletivo simplificado da Educação, regido pelo edital nº 001/2023, para a entrega de documentos e assinatura dos contratos temporários.
A convocação atende a processos administrativos de reposição de vagas e contempla cargos da área de Educação Especial e Ensino Regular, com lotações nos municípios de Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Entre os convocados estão profissionais para as funções de Assistente Educacional e Professor Mediador (P1), voltadas à Educação Especial, e Professor PNS/P2, com formação em Pedagogia ou Normal Superior, destinados ao ensino regular urbano da capital.
Os candidatos chamados deverão comparecer até o dia 24 de novembro de 2025, das 7h30 às 13h30, aos locais indicados para a entrega da documentação exigida: Em Rio Branco: Rua Rio Grande do Sul, nº 1.907, Bairro Volta Seca – Coordenação de Recursos Humanos da SEE e em Cruzeiro do Sul: Avenida 25 de Agosto, nº 126, Bairro Aeroporto Velho – Núcleo de Educação.
Os convocados devem apresentar documentos pessoais e comprobatórios da formação exigida, incluindo diploma ou declaração de conclusão de curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), certificados de cursos na área da Educação Especial, certidões negativas da Justiça Estadual e Federal, comprovante de residência, atestado médico pré-admissional, além de diversas declarações obrigatórias disponíveis nos sites: https://concursos.ibfc.org.
A ausência ou irregularidade na apresentação dos documentos pode resultar na perda do direito à contratação.
O edital reforça que as convocações são referentes à contratação temporária de professores e assistentes educacionais para suprir a demanda da rede pública estadual, conforme as normas do processo seletivo vigente.
Para mais informações, os candidatos podem entrar em contato com a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) pelo telefone (68) 3213-2331, ou com a Secretaria de Estado de Administração (Sead) pelo e-mail [email protected].
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Acre
Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil

Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Falhas de infraestrutura, altos custos e contradições políticas levantam dúvidas sobre o sucesso da conferência climática
A poucos dias da abertura da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o evento acumula críticas e desperta questionamentos sobre a capacidade do Brasil de conduzir uma conferência ambiental de alcance global.
Pela primeira vez sediada no país, a COP reunirá líderes mundiais, cientistas, empresas e organizações entre 10 e 21 de novembro, com o objetivo de definir novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Às vésperas do encontro, o clima é de apreensão. A infraestrutura precária da cidade-sede e o descompasso entre discurso e prática na política ambiental do governo federal geram desconfiança entre participantes e observadores.
Na imprensa internacional, as críticas variam desde o aumento dos preços de hospedagem e a falta de estrutura urbana até questionamentos sobre a coerência das ações brasileiras.
Obras terminando às vésperas do encontro, hotéis lotados, transporte público insuficiente e serviços sobrecarregados colocam em dúvida a capacidade de Belém de receber um evento desse porte.
Além das dificuldades logísticas, organizações e lideranças amazônicas denunciam exclusão e altos custos de participação. A percepção é de que as conferências climáticas têm se transformado em “cúpulas de negócios”, voltadas a oportunidades econômicas mais do que a soluções reais para a crise ambiental.
Riscos
O cientista político Gabriel Amaral, ouvido pelo R7, avalia que há risco de a COP30 ser lembrada mais pelos problemas do que pelos resultados.
“A COP30 não é um evento ambiental apenas, mas um exercício de afirmação internacional. Quando um país assume o papel de liderança climática, ele se coloca sob um padrão mais rigoroso de observação”, afirma.
Segundo Amaral, a contradição entre o discurso presidencial contra os combustíveis fósseis e a autorização para exploração de petróleo na Margem Equatorial foi percebida no exterior como sinal de incoerência.
“A imagem não se desgasta pelo conteúdo do discurso, mas pela distância entre intenção e prática. Esse tipo de descompasso é rapidamente notado por outros países, por organizações multilaterais e pela imprensa internacional”, completa.
Exclusão e representatividade limitada
As dificuldades de acesso e o alto custo de participação comprometem a representatividade da conferência, segundo o especialista.
“Quando o acesso a um evento desse porte se torna caro e logisticamente complexo, quem tende a ficar de fora são justamente os atores que deveriam estar no centro da discussão: comunidades amazônicas, organizações territoriais, pesquisadores locais e jovens lideranças”, avalia Gabriel Amaral.
Para ele, a ausência desses grupos esvazia o sentido político do encontro.
“A inclusão não pode ser simbólica. Ela exige presença, voz e capacidade real de influenciar decisões. Quando esses atores são mantidos à margem, a COP deixa de ser um espaço de construção coletiva e se aproxima de uma formulação de cima para baixo”, afirma.
Os problemas de infraestrutura também impactam a imagem do Brasil como anfitrião de grandes eventos internacionais.
“Infraestrutura é leitura imediata de capacidade de execução. Quando um país recebe um evento como a COP, o que está em jogo não é apenas logística, é reputação. Se a cidade transmite improviso e desorganização, a mensagem que fica é de fragilidade institucional”, diz Amaral.
Cenário que dá para mudar
Mesmo diante das falhas, o cientista acredita que ainda é possível mudar o cenário.
“O governo pode corrigir a rota e tratar as críticas como diagnóstico, não como ruído. Em política, reconhecer um problema não é sinal de fraqueza, é demonstração de comando”, avalia.
Segundo ele, a COP30 pode se tornar um marco se resultar em mecanismos permanentes — como metas verificáveis de desmatamento, fortalecimento das instituições ambientais e maior participação das comunidades amazônicas nas decisões sobre o futuro da floresta.
Entre discurso e prática
Nos últimos anos, as conferências climáticas têm sido criticadas por se transformarem em palcos políticos voltados à projeção de imagem, com poucos resultados concretos.
“O espaço antes ocupado por pesquisadores e negociadores especializados passou a ser dividido com lideranças políticas em busca de influência. Quando isso acontece, o foco se desloca da solução concreta para a aparência de articulação estratégica”, explica Amaral.
Ele reforça que o desafio brasileiro é evitar que a COP30 vire mera vitrine verde.
“O problema não é politizar, é politizar sem transformar. Se a conferência servir somente como plataforma de imagem, sem continuidade na implementação, a percepção global será de que o evento serviu mais para comunicar intenções do que para produzir resultados”, conclui.
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Acre
Briga generalizada termina em pancadaria na frente do estádio Marreirão, em Sena Madureira

Confusão envolveu grupo que consumia bebidas e exigiu intervenção da Polícia Militar; não há registro de feridos ou prisões
O que seria uma noite de descontração terminou em tumulto na madrugada deste domingo (9), em Sena Madureira, no interior do Acre. Uma briga generalizada foi registrada em frente ao estádio Marreirão, na Avenida Brasil, e envolveu diversas pessoas, chamando a atenção de quem passava pela região.
Segundo informações preliminares, o confronto teve início após uma discussão entre pessoas que consumiam bebidas alcoólicas nas proximidades. Em poucos minutos, as ofensas verbais evoluíram para agressões físicas.

Testemunhas relataram que a confusão teve troca de murros, chutes, golpes com capacete e até “voadoras”, em meio a gritos, empurrões e correria. Populares ainda tentaram intervir para conter a violência, mas não conseguiram controlar a situação.
A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local quando o tumulto ainda estava em andamento. Até o momento, não há confirmação de feridos graves nem de pessoas conduzidas à delegacia.
O caso deve ser acompanhado pelas autoridades, caso novos desdobramentos surjam após a atuação policial na área.





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