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Brasil tem 3,4 mil mulheres resgatadas de trabalho escravo em 10 anos

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A legislação brasileira atual classifica como trabalho análogo à escravidão toda atividade forçada – quando a pessoa é impedida de deixar seu local de trabalho – desenvolvida sob condições degradantes ou em jornadas exaustivas

Ao todo, 15.976 (32,8%) vítimas, mulheres e homens, tinham parado os estudos na 5ª série do ensino fundamental, sem concluí-los; e 12.438 (25,5%) eram analfabetas. Foto: cedida 

De 2004 a 2024, 3.413 mulheres foram resgatadas em situações análogas à escravidão ou ao trabalho escravo contemporâneo. Desse total, 200 foram socorridas no ano passado.

De acordo com o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, iniciativa desenvolvida conjuntamente por entidades como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ao longo da década, a maioria das vítimas (763) era da faixa etária de 18 a 24 anos. O quantitativo representa mais de um quinto do total (22,35%).

O segundo maior grupo é o de mulheres com idade entre 25 e 29 anos, composto por 497 vítimas (14,5%). Nos gráficos elaborados pelo observatório, constata-se que as mulheres com 60 anos ou mais e de 18 anos ou menos representam os menores grupos de vítimas.

Em 2023, das 222 vítimas mulheres, 74 (33,3%) tinham dois perfis: metade com idade entre 25 e 29 anos e metade na faixa etária de 40 a 44, segundo o observatório da Rede de Cooperação SmartLab.

No acumulado dos anos analisados, de 2004 a 2024, a quantidade de vítimas do gênero masculino é significativamente superior, um total de 44.428.

As estatísticas corroboram a conexão que as pessoas com baixa escolaridade têm maior propensão de ser aliciado e explorado por meio do trabalho escravo contemporâneo. Ao todo, 15.976 (32,8%) vítimas, mulheres e homens, tinham parado os estudos na 5ª série do ensino fundamental, sem concluí-los; e 12.438 (25,5%) eram analfabetas.

O que é o trabalho escravo contemporâneo?

A legislação brasileira atual classifica como trabalho análogo à escravidão toda atividade forçada – quando a pessoa é impedida de deixar seu local de trabalho – desenvolvida sob condições degradantes ou em jornadas exaustivas. Casos em que o funcionário é vigiado constantemente, de forma ostensiva, pelo patrão também são considerados trabalho semelhante ao escravo.

De acordo com a Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), a jornada exaustiva é todo expediente que, por circunstâncias de intensidade, frequência ou desgaste, cause prejuízos à saúde física ou mental do trabalhador, que, vulnerável, tem sua vontade anulada e sua dignidade atingida.

Já as condições degradantes de trabalho são aquelas em que o desprezo à dignidade da pessoa humana se instaura pela violação de direitos fundamentais do trabalhador, em especial os referentes à higiene, saúde, segurança, moradia, ao repouso, alimentação ou outros relacionados a direitos da personalidade.

Outra forma de escravidão contemporânea reconhecida no Brasil é a servidão por dívida, que ocorre quando o funcionário tem seu deslocamento restrito pelo empregador sob alegação de que deve pagar determinada quantia de dinheiro.

As estatísticas corroboram a conexão que as pessoas com baixa escolaridade têm maior propensão de ser aliciado e explorado por meio do trabalho escravo contemporâneo. Foto: cedida 

Como denunciar

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) desenvolve, desde 1997, a campanha De Olho Aberto para não Virar Escravo, ativa desde 1997, que distribui vídeos explicativos e também lembra os principais setores econômicos em que esse tipo de crime é praticado, como a agropecuária em geral. A criação de bovinos, por exemplo, responde por 17.040 casos (27,1%), enquanto o cultivo da cana-de-açúcar está ligado a 8.373 casos (13,3%), conforme dados da organização.

O principal canal para se fazer uma denúncia é o Sistema Ipê, do governo federal. As denúncias podem ser apresentadas de forma anônima, isto é, sem necessidade de o denunciante se identificar.

Outra possibilidade é o aplicativo Laudelina, desenvolvido pela Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad). A ferramenta pode ser baixada no celular ou acessada por um computador, sendo que sua tecnologia permite que as usuárias consigam utilizá-la independentemente de uma conexão de internet de alta velocidade

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Mega-Sena: Dupla de Páscoa pagará R$ 50 milhões

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Já está em R$ 50 milhões a estimativa da Caixa Loterias para o prêmio da Dupla de Páscoa, da Mega-Sena. Será o maior valor a ser pago nesta modalidade.

Os apostadores têm até as 19h do sábado (19) para se dirigir às lotéricas, ao portal ou ao app Loterias Caixa para fazer seu joguinho – e, quem sabe, ter a grande sorte de viver uma vida de milionário.

O sorteio será também no sábado, a partir das 20h, horário de Brasília, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

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Influenciadores digitais são presos por suspeita de lavar R$ 42 milhões em esquema de jogos ilegais no Pará

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Dupla, incluindo o “Mago das Unhas”, já havia sido detida em 2023; polícia apreendeu itens de luxo e carro importado durante operação

Os influenciadores digitais Noelle Araújo e Gleison Soares, conhecido como “Mago das Unhas”, foram presos nesta quinta-feira (17) em Belém, durante operação da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos do Pará. Eles são investigados por lavagem de dinheiro vinculada a jogos de azar online, incluindo o popular “Jogo do Tigrinho”.

Esta é a segunda vez que a dupla é detida pelo mesmo crime. Em dezembro de 2023, eles já haviam sido presos na Operação Truque de Mestre, mas continuaram as atividades ilegais. Desta vez, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão, confiscando celulares, artigos de luxo e um carro importado.

As investigações revelaram que os influenciadores movimentaram 20 milhões em transações – incluindo R$ 1,54 milhão em apenas 60 dias. Para esconder a origem do dinheiro, teriam usado “laranjas”.

A dupla foi levada à delegacia para prestar depoimento e agora aguarda decisão judicial. O caso expõe o uso de redes sociais para esquemas financeiros criminosos no estado.

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Polícia prende suspeito de tráfico em Castanhal e apreende fuzil feito em impressora 3D

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Eluan Costa Reis era apontado como um dos principais distribuidores de drogas na região; ação também confiscou oxi, maconha e munições

Um homem foi preso nesta semana no bairro Jaderlândia, em Castanhal (PA), suspeito de comandar pontos de venda de drogas na região. Durante a operação, policiais civis apreenderam um fuzil de fabricação caseira – produzido com impressora 3D –, além de munições, entorpecentes e materiais ligados ao tráfico.

O preso, identificado como Eluan Costa Reis, é investigado por ser um dos principais responsáveis pelo comércio ilegal de drogas em diversos bairros da cidade. A ação, conduzida pela 12ª Seccional Urbana de Castanhal, encontrou em seus domínios dois tabletes de oxi, uma grande quantidade de maconha, 19 munições calibre .40 e um celular, que será periciado.

Esta é a segunda apreensão de arma artesanal do tipo no Pará apenas em abril. O primeiro caso ocorreu no dia 7, em Benevides, região metropolitana de Belém, evidenciando a crescente circulação desse tipo de armamento no estado.

Eluan foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse de arma de uso restrito. Após depoimento, ele foi encaminhado ao sistema prisional. As investigações continuam para desarticular a rede criminosa ligada ao suspeito.

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