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Brasil

Atraso na vacinação aumenta riscos para retomada econômica no Brasil

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Além de gerar custos adicionais ao cofres públicos, o atraso na vacinação deixa vulneráveis milhões de brasileiros cujo sustento vem da circulação de pessoas nas ruas

Ligia Tuon, do CNN Brasil Business

O Brasil começa 2021 com o desafio de encaminhar uma difícil questão fiscal, em um cenário ainda cheio de incertezas em meio à escalada dos casos de contaminação de Covid-19. Ao mesmo tempo, ainda não está claro quando a população começará a ser vacinada, o que tende a elevar os custos da União.

Esse cenário de evolução no contágio e do número de mortes pela doença aumenta os riscos para a economia brasileira nos próximos meses, destaca relatório do Credit Suisse ao qual a CNN teve acesso.

Essa avaliação considera a alta probabilidade de governos estaduais implementarem novas restrições à mobilidade, o que impacta substancialmente a atividade econômica e o emprego.

“Restrições de mobilidade prolongada tenderão a pressionar o governo federal e o Congresso a ampliar gastos fiscais de forma a minimizar os efeitos sobre a arrecadação tributária estadual e municipal e sobre o emprego e a renda”, afirma documento assinado pela economista-chefe do banco, Solange Srour, e pelo economista Lucas Vilela.

No caso de São Paulo, por exemplo, o governador João Doria decidiu impedir a abertura dos serviços não essenciais entre 25 a 27 de dezembro e entre 1º a 3 de janeiro, para evitar aglomerações numa das épocas mais rentáveis do ano para o comércio. O estado é o mais populoso do país e contribui com a maior parte do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Enquanto a solução para a rápida disseminação do vírus não chega, novas restrições provavelmente terão efeitos não apenas no curto prazo — com menor crescimento econômico, maior desemprego e maior endividamento —, mas também no médio prazo, adiando a discussão de reformas importantes para os próximos anos, destaca o Credit.

Entre elas, destacam-se a PEC emergencial, para que o país cumpra as regras fiscais em 2021 e 2022, e a reforma administrativa, para garantir a estabilidade da dívida brasileira nos próximos dez anos.

Vale lembrar que o Brasil encerrou 2020 com a relação entre dívida e PIB perto dos 100%, maior nível entre as nações emergentes. Além disso, destaca o Credit, o país viu encurtar o vencimento de suas dívidas de curto prazo, mais altas agora devido ao risco embutido. Ao mesmo tempo, o chamado “colchão de financiamento” do Tesouro Nacional no mercado é suficiente para apenas quatro meses.

Vacinar sai mais barato

Além de gerar custos adicionais ao cofres públicos, o atraso na vacinação deixa vulneráveis milhões de brasileiros cujo sustento vem da circulação de pessoas nas ruas. Para proteger essas pessoas, a União desembolsou impressionantes R$ 300 bilhões durante os nove meses de pandemia com os pagamentos do auxílio emergencial. Já a campanha de vacinação em massa contra a Covid-19 deve custar R$ 20 bilhões, segundo previsão do governo.

Esse valor foi liberado por Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em 17 de dezembro para a compra de vacinas. De acordo com o governo federal, está em negociação a compra de 460,9 milhões de doses. Entre elas, estão as fabricadas pela Fiocruz/Astrazeneca, cujo custo esperado até o fim do ano é de R$ 1,9 bilhão.

Está incluso nesse plano também a participação do governo na Covax Facility, aliança mundial de vacinas para acelerar o desenvolvimento e a fabricação do antídoto, com custo esperado de R$ 2,5 bilhões até o fim do ano.

Até mesmo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse recentemente que vacinar a população sairia mais barato do que prorrogar os programas emergenciais do governo:

“Há uma corrida na disputa por vacinas. Quem terá a vacina primeiro e como poderá ser feita a logística. Isso muda todos os dias. Eu acho que o investimento na vacina agora é mais barato do que prolongar transferências diretas. Todos estão concentrados nas vacinas, nós e o mercado também”, disse em evento GZERO Latam Forum 2020, promovido pela B3 e pela Eurasia.

Ainda não há, porém, registro de alguma vacina no Brasil, enquando mais de 40 países já começaram a imunizar sua população.

Imunização só no fim do ano

A imunização da população não deverá acontecer tão cedo. O Credit estima que o Brasil só terá 70% de sua população imunizada — o que caracterizaria a chamada imunização de rebanho — apenas no quarto trimstre.

O banco considera a vacinação da população com as vacinas AstraZeneca, Coronavac e Pfizer e usa como base para sua estimativa três cenários de disseminação da doença: a manutenção da média atual de casos (35 mil casos por dia); metade da média atual de casos (18 mil casos / dia) e o dobro da média atual de casos (70 mil casos / dia). Em todos eles, o a imunidade de rebanho só é atingida no fim do ano.

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Brasil

Ministério do Trabalho faz nova fiscalização no Porto do Rio

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Fiscais do Ministério do Trabalho fazem, a partir desta terça-feira (16), uma nova operação para avaliar as condições trabalhistas no Porto do Rio de Janeiro. Cerca de 70 agentes estarão nos portões de acesso e nas instalações portuárias para fiscalizar o cumprimento da legislação pelas empresas que atuam no local, inclusive transportadoras.

Além disso, 20 fiscais farão a mesma fiscalização no Porto de Itaguaí, na região metropolitana do Rio. A ação de hoje é um desdobramento da fiscalização realizada em 13 de março.

“Entendemos que precisávamos alcançar mais trabalhadores pelo que verificamos de jornada e formas de contratação na operação do dia 13. E também tivemos alguns problemas com transportadoras que não atenderam nossa notificação. Então, a gente resolveu agora fazer uma operação mais robusta, com mais dias de ação e uma notificação presencial ou através de seu representante legal”, disse a coordenadora da ação, Bárbara Rigo.

Fonte: EBC GERAL

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Polícia Federal deflagra 26ª fase da Operação Lesa Pátria

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a 26ª fase da Operação Lesa Pátria. A meta é identificar pessoas que financiaram, fomentaram e promoveram os fatos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados.

Em nota, a corporação informou que cumpre 18 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos seguintes estados: Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (1), Pará (4), São Paulo (1), Minas Gerais (3), Espirito Santo (4), Tocantins (1), e Mato Grosso do Sul (3).

Indisponibilidade de bens e ativos

Segundo a PF, foi determinada ainda a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. “Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, concluiu a Polícia Federal.

Fonte: EBC GERAL

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IBGE inicia venda do mapa-múndi com o Brasil no centro

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O mapa-múndi produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE) que tem o Brasil no centro estará disponível para venda, a partir desta terça-feira (16), no formato A3 (42,0 x 29,7cm), pelo valor de R$ 10.

O mapa-múndi e a 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar foram lançados na semana passada, em evento na Casa G20, no Rio de Janeiro. Devido ao grande sucesso do lançamento, o instituto vem recebendo pedidos e consultas sobre a disponibilidade do mapa. Para atender a essa demanda, o IBGE decidiu comercializar o produto por meio de sua loja virtual.

O mapa-múndi tem a marcação dos países que compõem o G20 e dos que têm representação diplomática brasileira, além de algumas informações básicas sobre o país, como população e área, entre outros dados.

A instituição pretende, depois, oferecer o mapa em tamanhos ampliados, como A0 (118,9 x 84,1cm) e A1 (84,1 x 59,4cm).

Divulgação

A nova edição do Atlas Geográfico Escolar, além de atualizada em seu volume impresso, contará com versão digital no portal do instituto, com inovações na forma de apresentação das informações. A publicação reúne dados sobre clima, vegetação, uso da terra, divisão política e regional, características demográficas, indicadores sociais, espaço econômico e das redes, além de diversidade ambiental do Brasil e de mais 180 países.

Com mais de 200 mapas, entre físicos, políticos e temáticos do Brasil e do mundo, a nova edição destaca aqueles que indicam os territórios quilombolas e a distribuição de indígenas, além da cobertura e do uso da terra e de espécies ameaçadas de extinção.

Como todos os atlas produzidos pelo IBGE, a nona edição contempla a Base Nacional Comum Curricular do Ministério da Educação, e reúne, em um mesmo volume, dados geográficos, cartográficos e estatísticos, imprescindíveis ao estudo e à análise das dimensões sociopolítica, ambiental e econômica do Brasil e do mundo.

Outra novidade são QR codes disponíveis na publicação impressa, que levam a gráficos interativos na versão digital, além de vídeos e links com conteúdos complementares. Também será possível baixar o arquivo da versão impressa e realizar busca por temas e palavras-chave.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, disse que com a nova edição do Atlas Geográfico Escolar , o IBGE espera “despertar o interesse do público jovem para a compreensão da nossa realidade e de outras tantas, tão diversas, que compõem o cenário mundial atual”.

Fonte: EBC GERAL

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