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Ativistas equipados até os dentes prometem guerra digital com Fake News nas eleições do Acre

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Na terça-feira (27), passada a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, desembargadora Regina Longuini, convocou acadêmicos, representações partidárias, advogados e o público interessado para um alerta: “as eleições deste ano serão uma das mais complicadas dos últimos anos”, disse.

Não se trata de nada novo. O alerta feito pela desembargadora refere-se a grupos de ativistas, treinados, inteligentes e equipados até os dentes dispostos a travar uma guerra digital na corrida ao Palácio Rio Branco. Nessa briga, Marcus Viana e Gladson Cameli, polarizados nas intenções de votos, já sentem na pele o tipo moderno de ataque pelas redes sociais.

Afirmando ser alvo constante de ataques e acusações em redes sociais, em blogs anônimos e postagens falsas, Marcus Viana, do PT, foi o primeiro pré-candidato ao governo a protocolar na Justiça Federal documento onde alertou e pediu providências das instituições sobre as “fake news”, na primeira quinzena de março. A medida visava frear uma suposta desistência de pré-candidatura.

No mesmo período, o pré-candidato ao governo pela oposição, Gladson Cameli (Progressistas), precisou gravar um vídeo para desmentir boatos de que o mesmo estaria na Europa, junto com a esposa, no momento em que famílias acreanas eram desabrigadas, vítimas de inundações provocadas por fortes chuvas em Rio Branco.

O que essas notícias têm em comum? Todas são falsas e foram tidas como verdadeiras por milhares de pessoas.

Para o leitor do ac24horas ter ideia da dimensão que o tema vem tomando, no momento da leitura desse lead, milhões de informações estão sendo processadas em uma velocidade sem precedentes através de tags de RFID, sensores, celulares e contadores inteligentes. Ao mesmo tempo em que muita gente se informa – o brasileiro é apaixonado por redes sociais – outros estão ganhando milhões de reais com notícias que podem ser verdadeiras ou falsas. Um cenário perfeito para eleições acirradas, como as que acontecem no Acre nos últimos anos.

Entre as sete categorias de Fake News, a manipulação de conteúdos e conteúdo fabricado são as mais perigosas. No Acre, vários sites são criados às vésperas das eleições com conteúdo duvidoso e direcionado a um segmento eleitoral.

Há quem ganhe milhões de reais apenas com aquele click que você dar na arte com visual enganador. “Quando te oferecem algo gratuito, você é o produto”, disse Bran Acton ao se referir ao excesso de generosidade em torno do Facebook, a plataforma com ares de nona maravilha do mundo que mantém 2,3 bilhões de pessoas conectadas.

Novas e poderosas ferramentas automatizam tarefas para públicos específicos

A cada dia surgem novas e poderosas ferramentas capazes de automatizar tarefas e selecionar públicos específicos. Essa foi a direção dada na palestra de Alexandre Basílio Coura, analista judiciário do TRE-RS, professor de propaganda eleitoral com ênfase na internet no auditório da Faculdade da Amazônia Ocidental, em Rio Branco.

Basílio fez questão de frisar que a produção de notícias falsas ou distorcidas fazem parte de uma estratégia de manipulação da informação para atingir o eleitorado de um determinado posicionamento ideológico. São produzidas na maioria das vezes por militantes que querem fortalecer o seu candidato ou por contratados pagos para realizar esse tipo de “serviço”.

Não é de hoje que o atual governo do Acre é acusado de manter em sua folha de pagamento um exército de cargos comissionados com a tarefa de espionagem das redes sociais. Figuras que supostamente criam perfis falsos, simulando posicionamentos políticos e propagando ideias, matéria nunca investigada pelos órgãos de controle.

Segundo Basílio, existem empresas que usam tecnologias com emprego de robôs para o impulsionamento de mensagens nas redes sociais. São os chamados bots. Como o brasileiro é apaixonado por rede social, costuma não checar a veracidade de um fato e ainda, alguns que apenas leem o título, uma ou duas linhas, esse é o cenário perfeito para a manipulação de informações.

“Os bots têm capacidade de automatizar tarefas para públicos específicos, como por exemplo, jovens até 25 anos. Esta faixa etária, 65% utiliza as redes sociais”, chama atenção o especialista em propaganda na internet.

O novo formato de propaganda digital permite, por exemplo, que um candidato que defende a legalização da maconha – um dos temas polêmicos da atualidade – se comunique para esse grupo específico que não aparece na timeline da página que gerou esse conteúdo.

Isto é, um candidato pode dizer que defende a legalização da maconha para pessoas que concordam com essa ideia e falar exatamente o contrário para aquelas que discordam, sem que essas opiniões sejam visíveis para quem procurar na página dele informações sobre propostas.

A base para esta manipulação de público-alvo está no chamado Big-Data, que segundo Basílio, “foi extremamente utilizada pelo Trump e também nas eleições de 2014 entre Aécio e Dilma Rousseff”, alertou.

Num cenário de crise política e polarização ideológica, os extremos (direita e esquerda) estão mais acirrados e motivados ao ativismo. Para o analista Basílio, a disseminação de mentiras pode ter diversas consequências, como prejudicar a capacidade do eleitor de se informar e entender a realidade e enfraquecer o debate público.

Vazamento de áudio é a moda da pré-campanha no estado do Acre

Embora não admitam os presidentes partidários – todos pregam eleições limpas e sem baixarias – a arapongagem está em alta na pré-campanha de 2018 no estado do Acre. Pelo menos três pedidos de investigações já foram protocolados no Ministério Público Federal.

O primeiro dele, identificado como o “áudio da discórdia” vazou da rede de WhatsApp dos grupos de oposição. Na gravação, supostamente o pré-candidato a senador pelo MDB, Márcio Bittar, revela um poderoso esquema para financiamento de campanha, envolvendo a família do pré-candidato Gladson Cameli (Progressistas) e supostas negociações feitas pelo colega de aliança, o pré-candidato Sergio Petecão.

O presidente do Partido dos Trabalhadores, Daniel Zen anunciou no dia 23 de janeiro deste ano, que na condição de dirigente partidário apresentou uma representação ao Ministério Público Eleitoral, solicitando que investigue suposto crime eleitoral cometido pelo senador Sérgio Petecão (PSD) e Gladson Cameli (Progressistas).

Semana passada, após a divulgação de duas reportagens de ac24horas sobre dois áudios vazados de grupos de WhatsApp da Frente Popular do Acre (FPA) onde o vereador Jakson Ramos (PT) e duas diretoras da fábrica Natex, estariam falando em nome do deputado federal Sibá Machado (PT) revelando supostos esquemas para coação de eleitores e compra de votos nas eleições deste ano, levou a promotora eleitoral perante a 1ª Zona, Alessandra Marques, expedir ofício ao procurador regional eleitoral, Fernando José Piazenski, noticiando os fatos divulgados e pedindo providencias ao Ministério Público Federal (MPF).

Novas regras eleitorais combatem as notícias falsas

Em uma medida inédita, o TSE e a Polícia Federal vão monitorar a disseminação de conteúdo indevido durante o processo eleitoral. A medida busca identificar e punir autores de notícias falsas. No entanto, O Ministro Luiz Fux afirmou que a imprensa será a principal aliada para aferir a veracidade daquilo que está sendo noticiado.

Se comprovado o crime, a Justiça Eleitoral pode determinar, por solicitação do ofendido, a retirada de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos em sites de internet e nas redes sociais. Os provedores de internet terão pelo menos 24 horas para remover o conteúdo.

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Acre

Ranking de Vereadores mais seguidos no Instagram revela tendência para Eleições em Rio Branco

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Desde 2014, as redes sociais têm desempenhado um papel essencial nas campanhas eleitorais no Brasil. A recente divulgação do Ranking de Vereadores de Rio Branco no Instagram, feito pelo escritório D’santi e pela Pólis – Assessoria Política, destaca a importância dessas plataformas no cenário político atual.

Em um levantamento realizado no último dia 8, as empresas identificaram os vereadores da capital acreana que mais estão se destacando com suas estratégias de engajamento e alcance de público. Os resultados fornecem alguns insights sobre as tendências para as Eleições de 2024.

Dos 17 parlamentares, o vereador Samir Bestene (Progressistas) lidera o ranking com 6.799 seguidores e uma Taxa de Engajamento (TE) de 2,04%. Raimundo Neném (PL), presidente da Câmara, em segundo lugar, já alcançou 5.780 contas, com uma taxa de 1,42%, seguido de Hildegard Pascoal (Podemos), com 4.092 seguidores e 6,59% de engajamento.

A Taxa de Engajamento é a média das curtidas e comentários das últimas 12 postagens, dividida pelo número total de seguidores. Vale ressaltar que números menores de seguidores podem engajar mais, mas não significa que entreguem mais. É importante lembrar também que, apesar da forte presença do eleitorado nas redes sociais, o resultado nas urnas pode não ser o mesmo.

“Em 2008, o então candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, usou as redes sociais profissionalmente para a sua campanha eleitoral. Esse pioneirismo chamou a atenção do mundo democrático e de lá para cá essas ferramentas se tornaram indispensáveis, ganhando destaque no Brasil a partir das eleições gerais de 2014”, afirmou Paulo Santiago, estrategista de comunicação política.

Santiago ressalta ainda que “daqui a alguns anos será impossível se eleger sem o uso das redes sociais e de outras plataformas de internet, e o motivo é simples: a nova geração. A geração Z, também conhecida como ‘alpha’, já nasceu na frente de uma tela de celular ou de tablet. Esse grupo, composto de quem nasceu a partir de 1995, já está em idade eleitoral e em alguns anos serão a maioria da população”.

Confira o Ranking de Vereadores no Instagram:

1º – Samir Bestene (Progressistas): 6.799 seguidores e TE de 2,04%;

2º – Raimundo Neném (PL): 5.780 seguidores e TE de 1,42%;

3° – Hildegard Pascoal (Podemos): 4.092 seguidores e TE de 6,59%;

4° – Lene Petecão (União Brasil): 3.975 seguidores e TE de 4,01%;

5° – Pr. Arnaldo Barros (Podemos): 3.853 seguidores e TE de 0,59%;

6º – João Marcos Luz (PL): 3.177 seguidores e TE de 5,60%;

7° – Elzinha Mendonça (Progressistas): 3.130 seguidores e TE de 1,43%;

8° – Dr. Raimundo Castro (União Brasil): 3.068 seguidores e TE de 2,64%;

9° – Ismael Machado (União Brasil): 2.938 seguidores e TE de 4,79%;

10° – James do Lacen (PL): 1.423 seguidores e TE de 8,94%;

11° – Rutênio Sá (União Brasil): 1.318 seguidores e TE de 6,24%;

12° – Joaquim Florêncio (PL): 1.297 seguidores e TE de 4,00%;

13° – Antônio Morais (PL): 1.164 seguidores e TE de 5,52%;

14º – N Lima (Progressistas): 844 seguidores e TE de 1,69%;

15º – Francisco Piaba (União Brasil): 739 seguidores e TE de 2,83%;

16º – Fábio Araújo (MDB): 558 seguidores e TE de 11,18%;

17º – Célio Gadelha (MDB): 471 seguidores e TE de 8,40%.

Para mais informações, siga @dsanti.br e @_polispolitica no Instagram.

Luanna Lins
D’santi – Escritório de Comunicação

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MPAC recebe do senador Sérgio Petecão exemplares de Vade Mecum atualizado

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Nesta quinta-feira, 18, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) recebeu a visita do senador Sérgio Petecão, que fez a entrega de 100 exemplares de Vade-Mecum atualizados. Segundo o parlamentar, a doação visa fortalecer o acervo jurídico do MPAC, garantindo o acesso facilitado às leis atualizadas.

O parlamentar foi recebido pela procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, e pelo secretário-geral do MPAC, promotor de Justiça Glaucio Oshiro. Também estiveram presentes, a procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, o procurador de Justiça Francisco Maia Guedes, e o promotor de Justiça Ricardo Coelho.

“Muito obrigada por nos trazer esse instrumento de trabalho que será muito útil para as nossas atividades diárias, com as leis atualizadas, é muito significativo e relevante para nós sua visita e lembrança”, frisou a procuradora-geral adjunta.

O senador Sergio Petecão agradeceu a recepção e destacou o fortalecimento dos laços institucionais. “A ideia é que a gente possa fazer chegar esses exemplares, com as leis atualizadas, a instituições como o Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa”, disse.

Texto: Marcelina Freire
Fotos: Tiago Teles
Agência de Notícias do MPAC

Fonte: Ministério Publico – AC

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Audiência Pública discute insatisfações e pedido por valorização dos Bombeiros e Policiais Militares do Acre

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Na manhã desta quinta-feira (18), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) promoveu uma audiência pública com representantes dos Sindicatos dos Bombeiros e dos Policiais Militares do Estado. O encontro teve como objetivo principal discutir a melhoria nas condições de trabalho e a valorização salarial dos agentes de segurança.

A audiência é fruto de um requerimento apresentado pelo deputado Gene Diniz (Republicanos), reservista da Polícia Militar, e contou com a presença de diversos agentes de segurança e também do deputado Emerson Jarude (Partido Novo).

O deputado Gene Diniz deu início aos debates abordando a necessidade premente de valorização e melhores condições de trabalho para os militares estaduais. Ele ressaltou a importância do evento como uma oportunidade para discutir questões fundamentais que afetam a categoria.

“É com grande satisfação que dou início a esta audiência pública, convocada com o intuito de discutir questões cruciais relacionadas à valorização dos militares. Como parlamentar e também reservista da Polícia Militar, compreendo a importância vital de garantir condições dignas de trabalho e valorização salarial para aqueles que dedicam suas vidas à proteção da nossa comunidade. Essa é uma oportunidade crucial para ouvir e traçar um caminho conjunto em busca de melhorias significativas. Agradeço a presença de todos e reitero meu compromisso em trabalhar incansavelmente em prol dos interesses da nossa valorosa categoria militar”, pontuou Diniz.

Os militares alegam que a última negociação remuneratória deles com o governo aconteceu em dezembro de 2015, quase 10 anos atrás, e que a defasagem salarial já é superior a 52%, considerando por base o IPCA/IBGE. O texto original da Lei de Remuneração dos Militares é de 1997 e está sendo negociado com o governo desde 2017. Pede-se que seja corrigida a distorção entre as remunerações dos agentes públicos e o achatamento salarial.

Posicionamento dos Bombeiros e Policiais Militares

O sargento Elton, que discursou representando os militares, destacou as dificuldades enfrentadas pela categoria, incluindo perdas salariais que se arrastam desde 2015. Ele ressaltou a importância do evento para expor as demandas dos agentes e a busca por soluções para os problemas enfrentados.

“Existe a necessidade de reconhecimento e valorização dos militares, temos muitas restrições políticas impostas pela legislação atual, que impedem nossa participação ativa na vida política do país. A ampliação das atribuições dos agentes, bem como a questão da disponibilidade permanente na ativa e na reserva, também são temas que precisam ser discutidos”, pontuou Elton.

O sargento expôs que os militares, por serem uma classe distinta, têm seus direitos civis limitados, o que os coloca em desvantagem em relação a outros servidores públicos. Ele mencionou a falta de estabilidade política para os agentes de segurança com menos de 10 anos de serviço, ressaltando que, mesmo contribuindo com impostos e deveres como qualquer outro cidadão, são privados de participar ativamente da vida política.

Além disso, Elton abordou a insegurança jurídica enfrentada pelos militares, bem como o aumento de atribuições impostas pelas novas legislações, como a responsabilidade de realizar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO).

Também foi destacada a importância de tratar a categoria com respeito e dignidade, garantindo-lhes os direitos e reconhecimento merecidos por sua função constitucional. Outro ponto abordado durante a audiência foi a disparidade entre a remuneração inicial oferecida pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e os vencimentos dos militares.

O sargento expressou sua indignação com a remuneração inicial de R$ 7 mil oferecida para cargo na autarquia de trânsito, argumentando que essa quantia não condiz com a importância e o risco envolvidos no trabalho dos militares.

Ele ressaltou que os policiais e bombeiros estão constantemente à disposição da sociedade, enfrentando situações de perigo, como resgates em rios e outras operações que envolvem o risco da própria vida. No entanto, apesar desse comprometimento e dedicação, a remuneração deles não reflete adequadamente o valor de seu trabalho.

Representando o Corpo de Bombeiros, o coronel Araújo, tomou a palavra para expor as demandas e preocupações da Instituição. Ele destacou a relevância dos serviços prestados pela corporação na área da defesa civil e a importância de garantir condições adequadas para o desempenho dessas atividades essenciais à comunidade.

“Há uma necessidade de equidade salarial e reconhecimento do trabalho de todos os militares, além da importância do diálogo e da busca por soluções concretas para as demandas da categoria. A gente percorre toda uma trajetória profissional e encerra a nossa carreira ganhando menos. Não tem justificativa para isso. Depois de tanto negociarmos com os governos e acreditarmos, esperamos até os 45 do segundo tempo e agora nos sentimos enganados. Nós não aceitaremos ser passados para trás”, afirmou Araújo.

Durante o debate, também foi apontado o aumento da insatisfação entre os militares, evidenciado pelo grande número de pedidos de licenciamento de soldados, cabos e sargentos com mais de 10 anos de serviço, que buscam oportunidades em outras áreas que ofereçam uma carreira mais promissora e uma remuneração mais justa.

Foi destacado ainda, que essa situação reforça a necessidade urgente de valorização e reconhecimento dos militares, não apenas em termos de remuneração, mas também em relação às condições de trabalho e ao respeito à sua função constitucional da profissão. O debate levantado durante a audiência pública destaca a importância de buscar soluções para garantir que esses trabalhadores sejam tratados com dignidade e justiça, de acordo com o papel fundamental que desempenham na segurança e proteção da sociedade.

O que dizem os representantes do governo

O subchefe da Casa Civil para Assuntos Jurídicos, procurador Cristóvão Pontes, marcou presença em nome do governo, reforçando o compromisso em estabelecer um diálogo construtivo com os representantes militares.

Pontes ressaltou a disposição do executivo em ouvir as demandas da categoria militar e buscar soluções que atendam às suas necessidades. Ele enfatizou a importância de um canal aberto de comunicação para entender melhor as questões enfrentadas pelos militares e trabalhar em conjunto na busca por melhorias.

Além disso, o procurador destacou a relevância do diálogo contínuo e da colaboração entre o governo e os representantes militares para enfrentar os desafios e promover avanços significativos na valorização e nas condições de trabalho da categoria.

Cristóvão Pontes, destacou duas importantes iniciativas recentes relacionadas aos servidores militares. Primeiramente, mencionou que o governador Gladson Cameli instituiu, por meio de decreto, uma redução de interstício. “Essa medida confere aos comandos das corporações militares a autoridade para diminuir o tempo de serviço necessário para ascender a cargos de comando, desde que haja vagas disponíveis. Essa flexibilização busca agilizar o processo de promoção dentro das corporações”.

Além disso, Pontes informou que está sendo avaliada uma demanda referente à modificação da natureza jurídica do Banco de Horas das Forças de Segurança. “O objetivo é tornar esse banco indenizatório em vez de remuneratório. Essa mudança teria implicações significativas na tributação dessas verbas, oferecendo uma alternativa que pode beneficiar os servidores militares, ao mesmo tempo em que ajusta a política de remuneração dentro das forças de segurança”.

O representante da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Wagner Sena, pontuou a necessidade de um plano de ação para endereçar as demandas discutidas. Ele ressaltou que algumas questões podem ser tratadas pela gestão sem depender de mudanças na legislação, enquanto outras demandarão análise constitucional.

Sena destacou ainda que o reconhecimento do governo em relação aos avanços vai além do cumprimento dos direitos já previstos na legislação, citando o exemplo do recente cofinanciamento do Estado em ações sociais para os municípios, implementado em 2021 e 2022. “Essa medida representa uma conquista significativa para o estado do Acre, demonstrando o compromisso do executivo em efetivar os direitos na prática em benefício da sociedade”.

Encaminhamentos

Ao final da audiência pública, o deputado Gene Diniz pontuou os próximos passos a serem tomados em relação às demandas apresentadas pelos representantes dos Sindicatos dos Bombeiros e dos Policiais Militares do Acre. Em suas considerações finais, ele reforçou o compromisso em agendar uma reunião com o governo para discutir as questões levantadas e buscar soluções concretas.

Além disso, destacou a importância do diálogo contínuo entre as partes envolvidas para garantir avanços significativos na valorização e nas condições de trabalho desses profissionais dedicados à segurança pública do estado.

“O caminho já foi dado. A gente já tem um norte para seguir, só basta começarmos a colocar em prática. Vamos agendar uma reunião com o governo para que possamos conversar e ver o que está sendo planejado para a categoria. Já temos um requerimento apresentado na Casa Civil pontuando os propósitos da classe. Nós iremos agora ratificar o que que precisa, para em seguida darmos continuidade a todo o processo”, concluiu Diniz.

A audiência pública proporcionou um espaço para que os representantes dos militares estaduais pudessem expressar suas preocupações e reivindicações, demonstrando a importância do debate e da colaboração entre poder público e militares para promover melhorias significativas nas condições de trabalho e remuneração dos profissionais que dedicam suas vidas à segurança e proteção da população.

Texto: Andressa Oliveira

Fotos: Sérgio Vale

 

     

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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