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Assassinato de dona de casa é elucidado; filho confessa o crime e é preso durante velório
Homicídio aconteceu na casa da família, na Rua Álvaro Inácio; caso chocou a comunidade do Conjunto Esperança
Rio Branco – O assassinato de Márcia Maria da Costa Azevedo, de 43 anos, ocorrido na manhã do último sábado (2), foi elucidado. O filho da vítima, Eduardo Costa, de 23 anos, confessou o crime após ser preso durante o velório da mãe.
A prisão foi efetuada pela Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), após evidências apontarem o envolvimento de Eduardo.
Segundo a polícia, Eduardo, que inicialmente negou qualquer participação, acabou confessando o homicídio na Delegacia da Mulher. Durante o depoimento, ele relatou que uma discussão com a mãe resultou em agressão física: Márcia teria atingido Eduardo com uma panela na cabeça, o que o levou a pegar uma faca e desferir pelo menos três golpes fatais.
O crime ocorreu na casa da família, na Rua Álvaro Inácio, Conjunto Esperança. A DEIC, que assumiu o caso logo após o assassinato, conseguiu reunir provas substanciais, identificando Eduardo como o principal suspeito. O caso gerou grande repercussão e comoção na comunidade, que ainda tenta entender os motivos que levaram ao trágico desfecho.
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Homem é executado com tiro na cabeça após ter casa invadida no Cidade do Povo
A execução de Clemilton Gomes da Silva, de 48 anos, chocou moradores do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. Ele foi morto com um tiro na cabeça na madrugada desta quinta-feira (9), após ter sua casa, localizada na Rua Sargento Marciel, invadida por um criminoso.
De acordo com relatos de testemunhas e da esposa da vítima, o disparo foi ouvido por volta das 3h30, mas a mulher só encontrou o corpo do marido às 5h, quando saiu para a área externa da residência. Clemilton estava caído e ensanguentado, momento em que a mulher acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma ambulância de suporte avançado foi enviada ao local, mas, ao chegar, a equipe do Samu apenas constatou o óbito de Clemilton Gomes. Policiais militares isolaram a área, e a perícia criminal foi acionada para coletar provas que possam ajudar nas investigações. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames cadavéricos.
Dívidas e ameaça de expulsão
Conforme informações repassadas pela esposa da vítima, Clemilton estava na área externa da casa usando entorpecentes no momento do crime. Ela relatou que, mesmo ouvindo o disparo, acabou voltando a dormir antes de verificar o que havia ocorrido.
A polícia apurou que Clemilton havia sido expulso anteriormente de sua própria residência por conta de dívidas relacionadas ao tráfico de drogas, mas decidiu permanecer no local, o que, segundo as primeiras hipóteses investigativas, pode ter motivado a execução.
Investigação em andamento
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca pistas para identificar o autor do disparo. Nenhum suspeito foi preso até o momento. A polícia não descarta a possibilidade de o crime estar relacionado à disputa de facções criminosas ou à cobrança de dívidas.
O Conjunto Habitacional Cidade do Povo é uma das regiões que frequentemente enfrenta episódios de violência e disputas por território entre organizações criminosas. As autoridades seguem em busca de novas informações que possam levar à identificação e prisão do autor.
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Estudo revela que Brasiléia e Epitaciolândia estão dominados por facções criminosas como CV, B13 é PCC com presença ainda em 21 cidades do Acre
Os municípios da regional do Alto Acre como Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil, localizados na fronteira com a Bolívia e o Peru, tornaram-se alvos devido à proximidade com rotas de tráfico
A presença de facções criminosas tem se intensificado em toda a Amazônia Legal, afetando profundamente a segurança na região. No Acre, 21 das 22 cidades, incluindo a capital Rio Branco, registraram crescimento significativo da atuação dessas organizações a partir de 2023. Até mesmo aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas têm sido alvo de ataques das organizações no estado.
Esse fenômeno não é exclusivo do Acre, mas reflete um cenário preocupante em toda a Amazônia, com os estados da região registrando um aumento de 46% no número de municípios com presença de facções em apenas um ano, de acordo com o estudo Cartografias da Violência na Amazônia, divulgado nesta quarta-feira (11/12) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
O estudo aponta que, dos 772 municípios da Amazônia Legal no Brasil, 260 têm registro da atuação de pelo menos uma facção criminosa, como o Comando Vermelho (CV), o Primeiro Comando da Capital (PCC) e outros grupos regionais. Em 2023, eram 178 cidades nessa situação.
A interiorização do narcotráfico e a busca por cidades estratégicas – como as localizadas em zonas fronteiriças do Acre com Bolívia e Peru – estão entre os principais fatores que impulsionam esse crescimento.
Os municípios da regional do Alto Acre como Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil, na fronteira com a Bolívia e o Peru, e Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo, no Vale do Juruá, tornaram-se alvos devido à proximidade com rotas de tráfico, pistas de pouso clandestinas e áreas de garimpo ilegal.
Domínios territoriais
O estudo do Instituto Mãe Crioula (FBSP) – revela que o Comando Vermelho tem se consolidado como o grupo criminoso mais expansivo, com monopólio em 130 municípios da Amazônia, incluindo 22 cidades do Acre. O PCC, por sua vez, domina 28 municípios, enquanto outros 18 estão sob o controle de organizações regionais como Bonde dos 13.
Cidades de fronteira seguem sendo o principal foco do CV, enquanto o PCC mantém hegemonia em estados como Rondônia e Roraima. Além disso, grupos regionais, como o Bonde dos 40, no Maranhão, e os Piratas do Solimões, no Amazonas, continuam ativos, destacando-se por crimes como o roubo de cargas.
Infraestrutura ilegal e rotas do narcotráfico
A logística do crime organizado na Amazônia conta com apoio de pistas de pouso ilegais, muitas localizadas em áreas de preservação ambiental. Um levantamento do Map Biomas, de 2021, identificou 2.869 pistas de pouso na região, a maioria sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As cidades de fronteira na região do alto acre, como Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil são estratégicas para o narcotráfico e contrabando de armas por sua proximidade com os países produtores de cocaína – Bolívia, Colômbia e Peru – e pela conexão com portos, rodovias e rios que facilitam o transporte de drogas e outros contrabandos.
O FBSP considera o avanço das facções na Amazônia “alarmante” e destaca que os números podem ser subnotificados. Entre os fatores que impulsionam esse crescimento estão as alianças entre grupos dentro do sistema prisional e o recrutamento de novos integrantes por meio de rituais de “batismo”.
O estudo ressalta que a Amazônia se tornou um ponto central no trânsito do mercado de drogas, despertando o interesse das facções em controlar redes geográficas e estabelecer parcerias com grupos estrangeiros.
A única cidade acreana sem registro significativo de facções não foi divulgada, mas a pesquisa deixa claro que o desafio para conter o avanço do crime organizado é crescente e exige ações coordenadas entre os estados e o governo federal.
Na maioria dos estados da Amazônia Legal houve um aumento na presença dessas organizações, com uma tendência crescente de dominação de apenas uma facção por estado. Além disso, foram observadas mudanças no controle de algumas cidades com grupos rivais disputando o poder, o que muitas vezes agrava as tensões locais. Desavenças, como a Tropa do Castelar no Mato Grosso, um braço dissidente do CV, também foram registradas.
Nas zonas de fronteira, 83 municípios têm presença de facções, sendo 20 municípios no Acre; 1 no Amapá; 8 municípios no Amazonas; 21 no Mato Grosso; 15 em Roraima e 18 em Rondônia.
Fonte: amazonasatual
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‘Caça ao Tigre’: Operação contra jogos ilegais cumpre 29 mandados em Epitaciolândia, Xapuri, Bujari e Rio Branco
Dentre os mandados de busca e apreensão, em Rio Branco a atuação da polícia focou em influenciadores digitais que são investigados por organizar e divulgar rifas de jogos de azar. Operação ‘Hunter Tiger’ foi deflagrada nesta quarta-feira (11) no Acre e também em Alagoas e Paraíba.
A Polícia Civil do Acre deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a Operação “Hunter Tiger”, cumprindo pelo menos 29 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e valores. A ação ocorreu em Rio Branco e em mais três cidades acreanas: Epitaciolândia, Xapuri e Bujari, além de contar com desdobramentos nos estados de Alagoas e Paraíba.
A operação tem como objetivo o combate a crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, exploração de jogos de azar e a realização de rifas irregulares.
Durante as diligências, foram apreendidos celulares, computadores, veículos, 150 cabeças de gado e até uma roleta usada em sorteios clandestinos. De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários (Defaz), os mandados cumpridos em Rio Branco miraram influenciadores digitais suspeitos de organizar e divulgar rifas de jogos de azar. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Nos municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Bujari, a operação focou na apreensão de veículos de luxo, motocicletas e bens rurais, incluindo as 150 cabeças de gado. Esses bens foram sequestrados para fins de investigação patrimonial.
A ação foi coordenada pelo delegado-titular da Defaz, Igor Brito, e contou com o apoio do Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DPCI) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF). Segundo o delegado, os materiais apreendidos estão sendo analisados, e os investigados estão sendo ouvidos.
“Envolve diversas frentes de apuração, desde crimes financeiros até atividades ilícitas que têm impacto direto na sociedade”,destacou o delegado Igor Brito.
Uma prisão foi realizada durante a operação, mas, de acordo com a polícia, a detenção está relacionada a um mandado de prisão em aberto da Comarca de Manaus (AM) e não tem ligação direta com a Operação Hunter Tiger.
O nome da operação, “Hunter Tiger”, faz referência à expressão em inglês que significa “caçador de tigres” ou “caça ao tigre”, simbolizando a estratégia de busca e apreensão de bens de alto valor vinculados a crimes financeiros.
A Polícia Civil destacou que a operação segue em andamento, e novas fases poderão ser deflagradas. As informações obtidas a partir do material apreendido serão utilizadas para aprofundar as investigações sobre a atuação da organização criminosa e os crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e jogos de azar.
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