fbpx
Conecte-se conosco

Flash

Após impacto da pandemia, preço da castanha tem expectativa de melhora para a próxima safra

Publicado

em

Com as medidas de isolamento e distanciamento social impostas pela pandemia do coronavírus, as cooperativas agroextrativistas na regional do Alto Acre reduziram suas atividades e o preço da lata (unidade de medida da castanha), que já apresentava sinais de queda no mercado local, caiu, em 2020, para menos da metade do valor praticado em 2019.

Para a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), já era esperado um valor de mercado da castanha em 2020 inferior ao da safra anterior, em razão dos estoques existentes nas cooperativas e usinas de beneficiamento, que fizeram diminuir a demanda pelo produto. No entanto, com a pandemia do coronavírus, os impactos foram ainda maiores.

Com as dificuldades impostas ao mercado da castanha pela pandemia, a Cooperacre, principal indústria de beneficiamento de castanha no Acre, reduziu em 60% a capacidade de compra de seus associados. Com 220 funcionários, além da castanha, a cooperativa atua também com beneficiamento de polpas de fruta e látex de seringueira.

“A Cooperacre comprava, em média, até 2019, um volume que ia de quatro a cinco milhões de quilos de castanha in natura. Em 2020, compramos 200 mil latas, o que representa dois milhões e duzentos mil quilos, menos da metade do volume adquirido em anos anteriores”, afirmou ainda no ano passado Manoel Monteiro, presidente da empresa.

Mas não foi apenas a pandemia que prejudicou o mercado da castanha no Brasil. Segundo um estudo do pesquisador Salo V. Coslovsky, professor associado da New York University, a decisão da União Europeia (UE), em 1998, de impor padrões sanitários de importação mais rigorosos, especialmente relacionados à contaminação por aflatoxinas, pôs as indústrias brasileiras do setor em dificuldades.

Logo após essa decisão, tanto brasileiros quanto bolivianos, dois dos três maiores exportadores de castanha, pleitearam isenção das novas regras, sob o argumento de que as exigências iriam dizimar a indústria, prejudicar comunidades tradicionais dedicadas ao extrativismo florestal e permitir o aumento do desmatamento. As autoridades europeias não cederam, no entanto.

Coslovsky afirma no estudo que as empresas bolivianas responderam a essa nova realidade de forma efetiva e imediata. Em contraste, o governo brasileiro demorou a agir, os processadores e exportadores brasileiros não conseguiram cooperar entre si, e continuaram enviando lotes contaminados para a UE. Em resposta, as autoridades europeias aumentaram a frequência de inspeções até chegar a 100% das cargas de castanha com casca.

O resultado disso foi o domínio do setor pela Bolívia ao ponto de suas empresas passarem a comprar castanhas com casca do Brasil por um valor irrisório, processar e as exportar como castanha sem casca por valores muito mais altos para o resto do mundo. Desde 2010, a Bolívia tem exportado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, por ano de castanha sem casca para o próprio Brasil, segundo o estudo de Coslovsky.

De acordo com o presidente da Cooperativa Agroextrativista de Xapuri (Cooperxapuri), Sebastião Aquino, o estudo não considera a crise que o mercado boliviano enfrenta de 2019 para cá. Segundo ele, nos últimos dois anos, o domínio das empresas bolivianas decaiu e que Brasil e Peru hoje são os maiores exportadores do produto. “São dados represados”, disse ele.

Para a próxima safra da castanha, a expectativa das cooperativas é de que o preço para o produtor melhore bastante, de acordo com previsão feita por Sebastião Aquino. “Na safra passada, o preço fechou em alta, em torno de R$ 70,00 a R$ 80,00 a lata e que na próxima esse valor já deve largar acima dos R$ 50,00”, afirmou.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a castanha ocupa o segundo lugar do ranking dos produtos não madeireiros mais extraídos da região Norte, perdendo apenas para o açaí. Além de fomentar a economia regional, o produto ajuda no desenvolvimento sustentável do ecossistema.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam que mais de 32 mil toneladas de castanha foram comercializadas em 2019. Dessa quantidade, 7 mil (21,8%) foram destinados ao mercado externo.

As safras da castanha sempre começam no mês de janeiro e se estendem por um período de mais ou menos dois meses, podendo chegar até três, dependendo da região. A castanheira começa a soltar os ouriços em meados de dezembro, época das chuvas. Nos meses seguintes, os frutos caem e passam a ser coletados no interior da floresta.

Comentários

Continue lendo

Flash

Acre avança na imunização infantil e reduz taxa de crianças sem vacina contra a pólio, aponta Unicef

Publicado

em

Imunização tem avançado no estado, e taxa de crianças não vacinadas caiu. Foto: Junior Aguiar/Sesacre

Um levantamento analisado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base em dados do Ministério da Saúde, revela que o Acre conseguiu retomar os avanços na imunização infantil. O diagnóstico foi publicado nesta terça-feira, 23, em coletiva de imprensa online.

Os dados foram resultado do cruzamento do número de crianças nascidas vivas e o número de primeiras doses das vacinas contra pólio aplicadas no mesmo ano. Ações de fortalecimento junto aos municípios têm contribuído neste novo momento.

No Acre, em 2022, nasceram 14.483 crianças e foram aplicadas 13.140 primeiras doses da pólio (VIP) – o que significa que 1.343 crianças podem não ter recebido a primeira dose contra a doença naquele ano. Já em 2023, esse dado melhorou. Nasceram 13.659 crianças no Acre e foram aplicadas 12.954 primeiras doses da pólio injetável – o que significa que 705 crianças podem não ter sido vacinadas.

A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Renata Quiles, revela que houve um estudo para entender o cenário no estado e tentar reverter esses indicadores.

“O primeiro passo foi entender as variáveis que estavam contribuindo para baixas coberturas vacinais, e nós identificamos que é multifatorial. Além da hesitação da população, que tem vacinado seus filhos tardiamente. Elas [as vacinas tardias] não são contabilizadas para cobertura vacinal. Elas são contabilizadas somente até 11 meses e 29 dias. E, como a nossa população tem vacinado cada vez mais em atraso seus filhos, a gente tem um alto número de doses aplicadas, porém não é a melhor proteção que a gente está ofertando para as crianças, uma vez que um esquema vacinal completo atrasado não tem a mesma resposta imunológica”, explica.

PNI tem feito a capacitação em todos os municípios para chegar mais perto da comunidade. Foto: Arquivo/PNI

Parceria com os municípios

Renata ainda explica que a equipe do PNI tem feito revisão de fichas de forma sistemática. “Nossa equipe vai aos municípios e faz a revisão das fichas e ajuda o município na digitação dessas informações.”

Nessas visitas são feitos treinamentos com as equipes, o que facilitou a formação de multiplicadores, sendo descentralizado esse serviço apenas da capital e chegando às cidades do interior do estado.

“A gente investe esse tempo com os profissionais, com o objetivo de homogeneizar as informações e a prática de vacinação entre os profissionais de cada município. Além disso, o estado também tem participado de campanhas de vacinação e mutirões”, ressaltou ao lembrar que a capital conta também com o Centro Estadual de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que funciona nos feriados, sábados e domingos, o que acaba sendo um acesso fácil para a população.

“A gente tem trabalhado incansavelmente desde 2019. Tivemos um impacto na pandemia, o que acaba prejudicando a continuidade dos nossos trabalhos, mas retomamos com força total em 2023 e agora em 2024, para dar apoio aos municípios. Acho que esse é o papel do Estado, não é só cobrar que os municípios realizem as atividades, é fazer junto, e tem dado muito certo até aqui”, finaliza a coordenadora.

Comentários

Continue lendo

Flash

Em alusão aos 32 anos de Epitaciolândia, prefeitura pagou antecipado o mês de abril nesta terça feira, 23.

Publicado

em

Fazendo parte dos festejos em comemoração aos 32 anos de emancipação político-administrativa de Epitaciolândia. O prefeito Sérgio Lopes determinou ao setor de finanças que realizasse de forma antecipada o pagamento da folha de todos os servidores e cargos comissionados referentes ao mês de abril de 2024.

Com o deposito na conta dos servidores entrarão em circulação cerca de 2,9 milhões na economia local, devido ao grande esforço da gestão em cortar gastos e manter a austeridade fiscal tem sido possível pagar antecipado à folha e manter em dia os compromissos financeiros com fornecedores.

Sérgio Lopes salientou que o pagamento de forma antecipada tem sido constante devido ao zelo com dinheiro público e o compromisso na valorização dos servidores.

“Temos tido esse olhar diferenciado com nossos servidores, ao longo de nossa gestão já concedemos cerca de 37,5% de reajuste e sempre buscamos garantir todos os direitos de cada um, pagamos hoje o mês de abril, são mais de 2,9 milhões de reais na economia local, esse é o nosso maior investimento, cuidar bem de nossa gente em todos os aspectos. ” Destacou o prefeito. ” Disse o prefeito

 

Comentários

Continue lendo

Flash

BR’s 364 e 317 seguem entre as piores do país, mostra levantamento

Publicado

em

Um ranking organizado pelo Centro de Liderança Política (CLP) comprova o que o acreano sente na prática há muitos anos. As rodovias federais que “cortam” o estado estão entre as piores de todo o país.

O levantamento foi baseado na avaliação das rodovias nacionais feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) que avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais, levando em conta a estrutura das estradas e tempo de conservação.

Conforme o ranking, o Acre recebeu apenas 1,96 de uma nota máxima de 5, ficando, entre todos os estados brasileiros, a frente apenas do Amazonas, com 1,82. O estado vizinho possui uma particularidade, sendo que diversos municípios têm ligação apenas aérea ou fluvial.

O ranking é liderado pelo estado de São Paulo com nota 4,16, seguido por Alagoas e o Distrito Federal. Na Região Norte, o estado melhor colocado é Roraima, na 12ª posição.

As condições das rodovias federais no Acre, principalmente a BR-364, informa o estudo, trazem prejuízos maiores para a população do que a simples demora e o desconforto de uma viagem, principalmente, afastando investimentos necessários para o desenvolvimento econômico do Acre por conta da dificuldade de logística na hora de escoamento da produção, já que rodovias em condições precárias resultam em aumento dos custos logísticos das empresas, devido a despesas adicionais com manutenção veicular, consumo excessivo de combustível e tempos de viagem.

Comentários

Continue lendo