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Após chegada de peruanos no AC, MP investiga empresa de transporte interestadual por descumprir decreto
Após chegada de peruanos no AC, MP investiga empresa de transporte interestadual por descumprir decreto

Após chegada de peruanos no AC, MP investiga empresa de transporte interestadual por descumprir decreto — Foto: Arquivo pessoal
Por Alcinete Gadelha
Após a passagem do grupo de Peruanos que ficou retido do no Posto Fiscal da Tucandeira no início deste mês, na BR-364, em Rio Branco, e de denúncia de que um empresa de ônibus com agência em Rio Branco estaria descumprindo do decreto estadual, o Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um procedimento preparatório para investigar os dois casos.
A publicação é do Diário Oficial do MP, do dia 13 de maio, que apura as duas ocorrências levando em consideração o período de pandemia do novo coronavírus e do decreto estadual que determina o isolamento social e suspende o transporte interestadual.
O MP informou que recebeu um ofício informando que uma empresa de ônibus interestadual continua fazendo o transporte de passageiros entre Rio Branco e Porto Velho, mesmo com a proibição do decreto que suspende esse tipo de atividade.
Além disso, o órgão leva em consideração o ônibus com os imigrantes Peruanos que saiu de São Paulo e chegou ao Acre, também por meio de transporte coletivo interestadual, e seguiu até o município de Assis Brasil, com o objetivo cruzar a fronteira para chegar em Iñapari, no Peru.
O órgão informou que chegaram informações de que ainda existem mais estrangeiros que estão em SP que têm a pretensão de cruzar a fronteira utilizando o Acre como rota.
Com a suspeita, o MP enviou ofício à empresa de transporte interestadual investigada para prestar esclarecimentos e também encaminhou o documento para a Agência Reguladora de Transportes do Acre (Ageac) para que tome conhecimento dos fatos e fiscalize as empresas de transporte intermunicipal que fazem a rota Rio Branco/Assis Brasil.
A Ageac informou que está atuando desde o início da pandemia com três frentes de fiscalizações dentro do estado.
Uma delas fica na Rodoviária Internacional de Rio Branco, outra na Rodoviária de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, de forma fixa. A agência informou ainda que atua em locais estratégicos com uma uma equipe de campo em pontos estratégicos, como no trevo de Plácido de Castro, e em cidades próximas, como o Bujari.
A Ageac afirmou também que está sendo cobrada a desinfecção dos ônibus por parte das empresas de transporte regular intermunicipal.

Ageac informou que está atuando desde o início da pandemia com três frentes de fiscalizações dentro do estado — Foto: Divulgação Ageac
Imigrantes em Assis Brasil
A preocupação com a chegada dos imigrantes é por eles utilizarem a cidade de Assis Brasil, fronteira com o Peru, como rota. A cidade tinha, até a sexta (15), pelo menos 275 imigrantes de 13 nacionalidades diferentes que não conseguem entrar no Peru por conta do fechamento da fronteira. O prefeito Antônio Barbosa decretou situação de emergência em razão do risco de contaminação pela Covid-19.
“Eles estão dentro dos dois abrigos que são as escolas Edilza Maria Batista e Gricelia Cabanini. Então, 265 estão nestes dois abrigos, com três refeições diárias. Temos mais 10 que estão na ponte acampados lá. Eles não podem vir para cá [Assis Brasil], nem ir pra lá [Peru] e ficaram retidos naqueles trecho e estamos alimentando eles também”, informou o prefeito.
Os peruanos que ficaram retidos no Acre, posto da Tucandeira, ainda ficaram três dias sobre a ponte que liga os dois países aguardando para entrar no Peru, conforme informou o prefeito. Até sexta, o município tinha um caso confirmado de Covid-19.
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PRF apreende mais de 8 mil maços de cigarros contrabandeados no Acre

Foto: reprodução/PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu aproximadamente 8.500 maços de cigarros contrabandeados na tarde desta terça-feira (13), durante uma ação de fiscalização na BR-317, na região da Vila Caquetá, em Porto Acre.
A abordagem aconteceu por volta das 15h, após denúncia recebida pelo Centro de Comando e Controle da PRF, informando que dois veículos estariam transportando produtos ilícitos pela região. As informações indicavam que os suspeitos utilizavam o Ramal Linha 1 para acessar a balsa que faz a travessia do rio em direção ao município.
Os policiais localizaram os dois veículos transitando em comboio e tentaram realizar a abordagem. Um dos motoristas abandonou o carro e fugiu pelo matagal, não sendo localizado. No outro veículo, dois ocupantes foram abordados e confirmaram que estavam transportando cigarros.
Durante a fiscalização, a PRF encontrou 1.000 maços de cigarros de origem estrangeira no veículo parado e outros 7.500 no automóvel abandonado. Também foram apreendidos rádios comunicadores, que, segundo a PRF, podem ter sido utilizados para coordenar a ação criminosa.
Os dois suspeitos foram presos em flagrante por contrabando e levados à Delegacia da Polícia Federal em Rio Branco, junto com os veículos, a carga e os equipamentos apreendidos. A PRF informou que as ações de combate ao crime nas rodovias federais do Acre estão sendo intensificadas, especialmente nas áreas próximas à fronteira.
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PM frustra ação criminosa e detém quadrilha que arrombava lojas em Porto Walter
Três pessoas foram presas e dois menores apreendidos durante uma operação da Polícia Militar do Acre (PMAC), que desarticulou um grupo suspeito de furtar estabelecimentos comerciais no centro de Porto Walter. A ação, realizada nesta terça-feira, 13, por uma guarnição do 6º Batalhão, contou com o apoio da Polícia Civil e envolveu buscas intensas por terra, água e mata ao longo do rio Juruá, rota de fuga utilizada pelos criminosos.
O caso teve início na madrugada do dia 13, quando um agente da Polícia Civil informou aos militares de serviço em Porto Walter que havia recebido uma denúncia anônima sobre um furto em andamento na área central da cidade. De imediato, a guarnição de serviço foi acionada e seguiu para o local indicado. Populares relataram que indivíduos haviam atracado no porto da cidade em um bote de alumínio, desembarcaram e seguiram em direção a lojas, onde arrombaram portas e subtraíram diversos objetos, armazenando-os em sacos de fibra. Segundo os relatos, os suspeitos fizeram duas viagens com os sacos até a embarcação e, em seguida, desceram o rio.

Diversos materiais foram apreendidos durante a ação. Foto: Ascom/PMAC.
Com base nessas informações, a guarnição iniciou buscas na região ribeirinha, deslocando-se até o Ramal da Restinga, área comumente usada por criminosos como esconderijo após ações furtivas. Apesar das buscas, nenhum suspeito foi localizado naquele momento. Já no retorno à cidade, os militares foram novamente acionados com informações mais detalhadas sobre os autores dos arrombamentos. A guarnição constatou que ao menos quatro estabelecimentos haviam sido violados e tiverem itens como caixas de som, fones de ouvido e roupas furtados.
Durante as buscas nas imediações do mercado municipal, um homem foi preso e outros três suspeitos, dois homens e uma mulher, foram localizados na margem do rio, em posse de duas embarcações de alumínio: uma de aproximadamente 12 metros e outra de 8 metros, que estava sendo transportada sobre a maior. Havia fortes indícios de que as embarcações também eram furtadas, já que uma delas apresentava identificação da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
Ao checar a ficha de um dos criminosos, os policiais constataram um mandado de prisão em aberto pelo crime de organização criminosa, com regressão de regime. Todos foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Porto Walter. Foram apreendidas quatro mochilas com roupas, uma mochila abandonada na loja de celulares contendo sacos de fibra, um celular, duas embarcações de alumínio, uma bajola e três motores de rabeta.
Mais tarde, novas informações chegaram à Polícia Militar: populares que trabalhavam às margens do rio Juruá relataram que alguns dos envolvidos no furto ainda estariam escondidos na mata, nas proximidades do Ramal da Restinga, junto com parte das mercadorias. Outra guarnição, que havia acabado de assumir o serviço, deslocou-se ao local com o apoio de policiais civis e militares que atuavam em operação de trânsito. No trajeto, os policiais encontraram vestígios como sandálias, etiquetas de roupas e embalagens de produtos, que levaram a uma trilha na floresta.
Após percorrer o caminho, a guarnição localizou um menor de idade, em um acampamento improvisado, e com ele foram encontrados diversos objetos provenientes dos furtos da madrugada anterior. O criminoso informou que aguardava outros dois indivíduos para dividirem os produtos. Durante a busca pessoal, foi encontrado também um pote com aproximadamente 70 gramas de maconha. Ele recebeu voz de apreensão e foi conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP).
No acampamento foram encontrados duas mochilas, cinco sacos de fibras com roupas, três bolsas, uma sacola, uma mala preta e um carrinho de transporte de mercadorias. A ocorrência foi finalizada já no período da noite, quando o grupo e todo o material apreendido foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil, que dará prosseguimento às investigações.
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Acre consolida rota de cocaína com apreensões recordes na fronteira e aeroportos, aponta Atlas da Violência
Relatório aponta que dados transparentes sobre substâncias apreendidas são cruciais para políticas de redução de danos e atendimento à população

Em recente declaração, especialistas argumentam que a identificação precisa das substâncias psicoativas em circulação no mercado ilegal é uma questão que transcende a segurança pública. Foto: cedida
O Acre se mantém como um dos principais corredores do narcotráfico no Brasil, com rotas terrestres e aéreas movimentando toneladas de cocaína, segundo o Atlas da Violência – 2025, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2023, cada delegacia da Polícia Federal no estado — localizadas em Epitaciolândia, Rio Branco e Cruzeiro do Sul — apreendeu entre 181,5 kg e 823,5 kg da droga, com destaque para as BRs 364 e 317.
Mas o tráfico não se limita às rodovias: o Aeroporto Internacional de Rio Branco também é um ponto crítico, com 22,3 kg a 41,9 kg de cocaína interceptados no mesmo período. Pesquisadores destacam que a transparência dos dados é essencial para combater o problema não só sob a ótica da segurança, mas também da saúde pública.
O relatório reforça a necessidade de políticas integradas para frear o avanço das drogas na região, que segue como porta de entrada da cocaína peruana e boliviana no Brasil.
“A disponibilidade de dados oficiais, transparentes e acessíveis é uma iniciativa louvável e necessária para compreendermos o fenômeno das drogas no Brasil, não só pelo aspecto da segurança pública ou da criminalidade, mas também pelo viés da saúde, visando a redução de dados e riscos à população. Um dado correto sobre a identificação das substâncias psicoativas que estão sendo comercializadas ilegalmente no país é uma questão de polícia, mas também de saúde pública, pois, afinal, essas substâncias estão sendo consumidas pela nossa população que precisarão do atendimento adequado em casos de intoxicação, consumo excessivo e demais efeitos adversos”, afirmam os pesquisadores.
É disseram mais. “Quando sabemos exatamente quais substâncias estão sendo consumidas, podemos salvar vidas não apenas combatendo o tráfico, mas principalmente preparando nosso sistema de saúde para lidar com as consequências desse consumo”, completaram.

A Polícia Militar de Goiás apreendeu um carregamento de drogas que saiu do Acre (Março 2025), com destino a Belo Horizonte, em Minas Gerais. Foto: cedida
A defesa por maior transparência de dados surge no contexto de discussões sobre novas abordagens para o problema das drogas, que integrem repressão qualificada e cuidado com a saúde pública no estado.
“Essas informações são fundamentais para:
Mapear padrões de consumo
Antecipar crises de saúde pública
Orientar atendimentos médicos em casos de intoxicação
Desenvolver estratégias de redução de danos eficazes”, explicam os pesquisadores.
Os especialistas ressaltam que a precisão nos dados permite:
- Melhor preparo das equipes de saúde para atendimentos de emergência
- Desenvolvimento de protocolos específicos para diferentes substâncias
- Formulação de políticas preventivas baseadas em evidências
O relatório reforça a necessidade de políticas integradas para frear o avanço das drogas na região, que segue como porta de entrada da cocaína peruana e boliviana no Brasil.
“Essas drogas estão sendo consumidas pela população, que precisa de atendimento adequado em casos de intoxicação e outros efeitos adversos, os dados oficiais e acessíveis permitem compreender o fenômeno não apenas como questão de segurança, mas como um grave problema de saúde pública”, destacaram os especialistas.
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