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Brasil

Amazônia tem a maior temperatura média dos últimos 40 anos, aponta MapBiomas

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Aquecimento de 1,5°C ultrapassa limite crítico do Acordo de Paris e seca atinge 20% abaixo da média histórica

A Amazônia brasileira registrou em 2024 a maior temperatura média das últimas quatro décadas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pela rede MapBiomas, conforme noticiado pelo UOL. O levantamento indica um aumento de 1,5°C acima da média histórica, valor que atinge o limite considerado crítico pelo Acordo de Paris.

A temperatura média do bioma chegou a 27,1°C, frente aos 25,6°C observados entre 1985 e 2024. O maior aquecimento foi registrado em Roraima, com +2°C, seguido por Amazonas e Mato Grosso do Sul, ambos com +1,7°C.

Os pesquisadores apontam que a Amazônia perdeu 52 milhões de hectares de vegetação nativa desde 1985 — cerca de 13% da cobertura original. Essa devastação contribuiu para um aumento de 1,2°C nas últimas quatro décadas, além de alterar o regime de chuvas, que em 2024 ficou 20% abaixo da média histórica, marcando o segundo ano consecutivo de seca severa.

No ano passado, o volume médio de chuvas foi de 1.767 mm, bem inferior aos 2.215 mm anuais registrados historicamente. Com a estiagem, as queimadas avançaram sobre 15,6 milhões de hectares do bioma.

Segundo a pesquisadora Luciana Rizzo, do MapBiomas Atmosfera, o fenômeno El Niño intensificou o calor e a seca, mas não explica sozinho o cenário:

“A temperatura vem crescendo sistematicamente há 40 anos, e a estação seca da Amazônia está ficando mais longa”, afirmou.

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Produção de café dobra no Acre e passa de seis toneladas em 2025, aponta IBGE

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Entre os incentivos voltados à cafeicultura, estão a criação do maior complexo industrial da agricultura familiar da Região Norte, inaugurado este ano em Mâncio Lima, no Vale do Juruá

Nos últimos anos, o Acre vem se destacando na produção de robusta amazônico. Foto: Ascom

O Acre registrou um aumento expressivo na produção de café em 2025, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção estimada alcançou 6,1 mil toneladas, quase o dobro das 3 mil toneladas registradas no ano anterior, crescimento de 99,7%.

O levantamento indica que o estado possui 62,3 mil hectares cultivados, com produção total de 184,4 mil toneladas de alimentos, incluindo arroz, banana, café, cana-de-açúcar, feijão e laranja. A maior parte da produção de café, mais de 91%, vem da agricultura familiar.

Entre os incentivos voltados à cafeicultura, estão a criação do maior complexo industrial da agricultura familiar da Região Norte, inaugurado este ano em Mâncio Lima, no Vale do Juruá. A estrutura é resultado da articulação entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e A Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé).

Outra iniciativa que contribui para o fotógrafo do setor é a realização do Concurso de Qualidade do Café Qualicafé que projetou produtores locais para o cenário nacional, além de investimentos em assistência técnica, fomento à produção e qualificação de produtores.

Sobre o resultado, o secretário de Agricultura, José Luiz Tchê, destacou:

“Este é o momento de o Acre mostrar ao mundo que produz café, e café de qualidade. Isso elevou nosso estado a um novo patamar, pois as pessoas passaram a reconhecer o valor do nosso produto”, disse.

O avanço da cafeicultura tem relação direta com as ações de incentivo do governo estadual. Desde 2019, o setor ampliou sua movimentação econômica de R$ 28 milhões para R$ 139 milhões, tornando-se a quinta força agrícola do estado. Mais de 91% da produção atual vem da agricultura familiar, reforçando o papel social da cultura na geração de renda no campo.

A Secretaria de Agricultura (Seagri) tem atuado para fortalecer a cadeia produtiva, investindo em assistência técnica, fomento e qualificação. Entre as iniciativas que impulsionaram o setor está o Concurso Qualicafé, que colocou produtores acreanos em destaque nacional e abriu espaço para cafés especiais do estado. Os vencedores participaram novamente da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, neste mês, onde foi apresentado um vídeo institucional sobre os avanços dos últimos seis anos.

Somente em 2025, o governo investiu mais de R$ 4 milhões no desenvolvimento da cultura. Estudos da Seagri apontam que, mantido o ritmo atual, o café poderá movimentar R$ 532 milhões ao ano dentro de uma década, com impacto direto na preservação da floresta e na redução da pobreza rural, já que 85% desse valor seria destinado a iniciativas sustentáveis.

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Mailza se reúne com pastores e missionários da Assembleia de Deus, recebe oração e Bíblia de presente

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Em suas redes sociais, Mailza disse que saiu fortalecida espiritualmente após a oração e o encontro com seus irmãos em Cristo

Luciano Tavares – Blog da Hora

Membro da igreja Assembleia de Deus, a vice-governadora e pré candidata ao governo Acre, Mailza Assis, foi recebida por pastores, líderes e missionários nesta quinta-feira (13) durante um café da manhã na sede da instituição.

Na oportunidade, Mailza recebeu uma oração conduzida pelo pastor Luiz Gonzaga de Lima, presidente da Assembleia de Deus do 1º Distrito e foi presenteada com uma Bíblia da Mulher. Em suas redes sociais, Mailza disse que saiu fortalecida espiritualmente após a oração e o encontro com seus irmãos em Cristo.

“Participei de um café da manhã especial na Assembleia de Deus, ao lado do pastor Luiz Gonzaga, líderes e missionários que dedicaram orações pela nossa caminhada à frente do Acre. Recebi uma Bíblia da Mulher e palavras que renovam minha força e responsabilidade. Saio fortalecida para seguir conduzindo nosso estado com fé, sabedoria e compromisso com o povo acreano.”

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Capacitação do Idaf qualifica responsáveis técnicos e eleva os padrões de segurança na indústria de alimentos de origem animal no Acre

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Cerca de 30 participantes receberam orientações sobre o fortalecimento das boas práticas de fabricação, atualização de conhecimentos sobre normas sanitárias e padronização dos processos de controle de qualidade

Objetivo da iniciativa foi qualificar os profissionais e elevar os padrões de segurança alimentar no estado. Foto: Fabiana Matos/Idaf

A atuação dos responsáveis técnicos (RTs) em frigoríficos e laticínios tem ganhado cada vez mais destaque no setor de alimentos. Com o aumento das exigências sanitárias e a necessidade de garantir produtos de qualidade ao consumidor, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), encerrou nesta sexta-feira, 14, um curso voltado à capacitação de responsáveis técnicos de indústrias de alimentos, destinado a médicos veterinários e estudantes da área, no auditório do órgão.

De acordo com a legislação brasileira, por meio do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), é obrigatória a presença de um profissional habilitado, ou seja, um médico veterinário, para supervisionar as operações. O responsável técnico é a figura central no controle de qualidade dentro dos frigoríficos e laticínios. Ele responde por todas as etapas do processo produtivo, desde a recepção dos animais até a expedição dos produtos finais, com o objetivo de aprimorar os procedimentos de inspeção e garantir maior segurança na produção de alimentos de origem animal.

“As normas mudam, novas tecnologias surgem, e o profissional precisa acompanhar essa evolução para garantir a conformidade e evitar autuações. A capacitação impacta diretamente na eficiência produtiva e na imagem das empresas, por isso o Idaf incentiva programas de qualificação, especialmente em áreas como boas práticas de fabricação. Frigoríficos e laticínios que investem em treinamento para seus RTs conseguem reduzir perdas, otimizar processos e reforçar a confiança do consumidor, além de garantir a segurança, a qualidade e a conformidade dos produtos alimentícios com a legislação vigente”, explica Carolina Barguete, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Idaf.

Palestras contribuem para elevar a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais e apoiar o desenvolvimento do setor agroindustrial no estado. Foto: Fabiana Matos/Idaf

“As normas mudam, novas tecnologias surgem, e o profissional precisa acompanhar essa evolução para garantir a conformidade e evitar autuações. A capacitação impacta diretamente na eficiência produtiva e na imagem das empresas, por isso o Idaf incentiva programas de qualificação, especialmente em áreas como boas práticas de fabricação. Frigoríficos e laticínios que investem em treinamento para seus RTs conseguem reduzir perdas, otimizar processos e reforçar a confiança do consumidor, além de garantir a segurança, a qualidade e a conformidade dos produtos alimentícios com a legislação vigente”, explica Carolina Barguete, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Idaf.

Durante o curso, cerca de 30 participantes receberam orientações sobre o fortalecimento das boas práticas de fabricação, atualização de conhecimentos sobre normas sanitárias e padronização dos processos de controle de qualidade. A capacitação também abordou o cumprimento das exigências legais, protocolos de segurança voltados à saúde pública, controle de processos e atualização em novas tecnologias do setor.

Idaf busca garantir alimentos mais seguros à população e fortalecer a indústria local. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Para o estudante do curso de medicina veterinária da Ufac, Mateus Aguinaldo, a capacitação vai muito além do que é apresentado na faculdade. “Estou aqui para aproveitar os conhecimentos específicos de RT, pois pretendo atuar nessa área assim que concluir o ensino superior. Vejo que é um mercado amplo, mas que exige grandes responsabilidades, pois trata-se também de saúde pública”, destacou.

Do outro lado da linha de produção, os trabalhadores também sentem os reflexos positivos da presença de profissionais capacitados. Michelinne Dantas, que atua como RT na empresa Laticínios Extra, ressalta que o treinamento e a orientação técnica melhoraram as condições de trabalho. “A capacitação é uma via legal para se atualizar sobre normativas e procedimentos que precisam ser executados dentro das indústrias. Temos uma responsabilidade muito grande na área de produção, realizando a inspeção correta e elaborando relatórios para que as empresas tenham uma produção melhor e com mais qualidade”, afirma.

 

Segundo Jessé Monteiro, médico veterinário do Idaf e palestrante da pauta Ética Profissional, o responsável técnico deve assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de forma ética e segura, garantindo o respeito à legislação. “O conhecimento da parte ética é fundamental para que eles tenham uma conduta correta dentro do frigorífico e saibam quais atitudes devem ser tomadas no ambiente de trabalho, pois isso reflete diretamente na vida profissional. A partir do momento em que forem omissos diante de algo errado, ou coniventes com irregularidades, podem responder ao conselho da categoria, tendo o registro de médico veterinário cassado; podem responder civilmente, em casos de indenizações por danos materiais, e criminalmente. Por isso, precisam aprender a se posicionar e manter um comportamento ético”, explica.

Responsável técnico deve assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de forma ética e segura. Foto: Fabiana Matos/Idaf

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