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Brasil

Aliados na chapa nacional, PT e PMDB disputam 75% dos eleitores nos Estados

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O Estado de S. Paulo

Desgaste na relação entre os partidos no âmbito federal leva legendas a se aliarem em locais que somam apenas 1/4 dos votantes do País, metade do índice de 2010

O aliado mais importante do PT no governo federal será um de seus principais adversários nas eleições estaduais deste ano. Candidatos a governador petistas vão concorrer com peemedebistas em Estados que concentram 3 de cada 4 eleitores do País.

As relações entre PT e PMDB nunca foram exatamente de lua de mel, mas 2014 marca um afastamento significativo entre os dois partidos nas disputas estaduais. As alianças vão abranger apenas 25% do eleitorado, metade da taxa registrada na eleição de quatro anos atrás.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, desde o início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), o número de apoios mútuos entre PT e PMDB nas disputas para governador vem aumentando constantemente. Mas esse fenômeno se concentra nos Estados de menos peso eleitoral.

Em 2002, os dois partidos não dividiram nenhum palanque estadual. Mas isso ocorreu por imposição legal: o TSE determinou a chamada verticalização das alianças, ao proibir coligações nos Estados entre partidos que, no plano federal, eram adversários. Na época, o PMDB apoiou formalmente o candidato tucano à Presidência, José Serra, e indicou a candidata a vice-presidente na chapa, a então deputada Rita Camata (ES). Essa aliança inviabilizou qualquer acordo entre peemedebistas e petistas nas disputas para governador.

Arte: Estadão

Arte: Estadão

De lá para cá, e sem a regra da verticalização, o número de Estados em que um dos dois partidos apoiou o outro passou de 5 em 2006 para 9 em 2010 e 10 neste ano. Hoje as siglas estão juntas em vários Estados com eleitorado pequeno, como Alagoas, Tocantins e Mato Grosso. A única exceção é Minas Gerais, onde o PMDB apoia o candidato petista, Fernando Pimentel. Em 2010, os dois estavam juntos não apenas em Minas, mas também no Rio de Janeiro, no Paraná e no Ceará, Estados que estão entre os dez de maior eleitorado no Brasil.

Base fragmentada. Esse afastamento é, muitas vezes, explicado pela dinâmica da política local, mas também reflete o esfriamento da relação PT-PMDB na esfera federal. Isso foi notado primeiro no Congresso e, posteriormente, nas discussões para formação de alianças eleitorais em 2014. Parte dos líderes peemedebistas passou a defender abertamente o rompimento com a presidente Dilma Rousseff e o apoio a seu principal adversário na corrida eleitoral, Aécio Neves (PSDB).

Os chamados dissidentes peemedebistas mostraram controlar cerca de 40% da cúpula do partido na convenção que aprovou, por 59% dos votos válidos, a permanência de Michel Temer (PMDB) como vice na chapa de Dilma. Em 2010, a aliança com os petistas foi aprovada por uma margem muito maior – quase 85%.

O PSB, integrante da base governista até meados do ano passado, se afastou ainda mais do PT nos Estados desde 2010, em função da mudança na conjuntura federal com o lançamento da candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência. Em setembro, o partido entregou os cargos que ocupava no governo federal e, de lá para cá, Campos tem feito críticas à gestão Dilma. Por ora, o candidato do PSB ainda poupa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro entre 2004 e 2005.

Nas eleições estaduais de 2006, os dois partidos eram adversários em Estados que somavam 51% do eleitorado nacional. Agora, esse número passou para 88% – ou seja, quase 9 em cada 10 eleitores.

Interações. A chegada do PT ao poder federal impulsionou a “promiscuidade” do partido nas disputas estaduais. Quando faziam oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso, os petistas só fizeram coligações regionais com 36% dos partidos existentes em 1994 e 52% das legendas de 1998. Em 2002, com a verticalização e Lula ainda candidato sem vitória no currículo, a taxa foi a 55%. E só cresceu nos anos seguintes: 64%, 73% e 77% em 2006, 2010 e 2014.

Já o PMDB sempre se relacionou com diversos parceiros: em 1998, o arco de alianças estaduais incluiu 93% dos partidos existentes. Na eleição seguinte, com a verticalização, a taxa caiu para 38%. Depois, foi a 89% (2006), 85% (2010) e 87% (2014).

Para entender. Em 2002, o Tribunal Superior Eleitoral impôs a verticalização das alianças partidárias, que proibia coligações nos Estados entre legendas adversárias no plano federal. O Supremo Tribunal Federal ratificou a medida para 2006, mas, meses depois, o Congresso derrubou a regra, permitindo coligações estaduais dissonantes das alianças nacionais. Com isso, os acordos regionais privilegiam as correlações de forças nos Estados e o tempo de propaganda eleitoral em lugar de afinidades ideológicas ou de um projeto de poder presidencial.

 

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Sede do União Brasil sofre ataque a tiros, diz ministro

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Ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil)
[email protected] (Agência Brasil)

Ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil)

O ministro do Turismo, Celso Sabino , afirmou que a sede do União Brasil, em Belém, capital do Pará, foi alvo de ataque a tiros na segunda-feira (22). Ele é presidente estadual da legenda.

“A perícia já identificou agora o calibre. Foi ponto quarenta. Foram mais de um e a perícia segue trabalhando”, afirmou Sabino ao jornal O Globo , acrescentando que a Polícia Federal está investigando o caso.

“O União Brasil segue firme nas suas convicções de defesa do Estado Democrático de Direito, do Desenvolvimento Econômico e Social do País e do Bem-Estar dos paraenses e de todos os brasileiros”, afirmou o ministro.

Ao Metrópoles , Sabino afirmou que ao menos três marcas de tiros foram encontradas: duas em uma parede e outra em uma das janelas da sede.

Sede do União Brasil no Pará
Divulgação

Sede do União Brasil no Pará

Esta não é a primeira vez que imóveis relacionados ao partido União Brasil são atacados. Em março, o novo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e a irmã dele, Maria Emília Rueda, tesoureira do partido, tiveram suas residências de Pernambuco incendiadas . As casas ficam localizadas na praia de Toquinho, próximo a Porto de Galinhas, no Litoral Sul do estado.

O incidente ocorreu após Antônio Rueda registrar uma ocorrência sobre as ameaças de morte que havia recebido.

Antônio tem uma rixa com Luciano Bivar, ex-presidente do União, que também possui imóvel na praia de Toquinho. Eles se desentenderam após Rueda assumir a presidência da legenda, no dia 29 de fevereiro.

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Fonte: Nacional

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Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio estimado em R$ 3,5 milhões

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As seis dezenas do concurso 2.716 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está estimado em R$ 3,5 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Fonte: EBC GERAL

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Devotos de São Jorge fazem feijoada no Rio para comemorar dia do santo

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Caio Miguel é parte de um grupo de amigos que todo ano poupa um dinheirinho para uma ocasião especial em abril. Desde criança, ele e sua família promovem feijoadas em homenagem a São Jorge.

O dinheiro guardado pelo grupo é usado para a feijoada, realizada no meio de uma rua no bairro de Realengo, na zona oeste da cidade, todo dia 23 de abril. A comemoração reúne amigos que, assim como Caio, são devotos do chamado Santo Guerreiro e gostam de festejar a data.

“Eu sempre fiz uma feijoada com a minha família. Meu pai é muito devoto de São Jorge. Eu também. Tenho uma ligação muito forte com esse santo guerreiro, minha irmã nasceu nesse dia. Sou católico, tenho muita fé e a gente tem essa tradição”, conta.

Caio também ia a feijoadas na casa de amigos que, há algum tempo, resolveram se unir para promover a festa na rua, a “Feijoada dos Amigos”, que, segundo ele, só reúne “pessoas do bem”.

“A gente sempre teve cuidado para que a coisa venha para o lado positivo. Queremos pessoas ‘do bem’ do nosso lado, com energia positiva, um coração bom, para celebrar esse dia tão especial”.

Apesar de São Jorge ser um santo católico, a celebração de seu dia, 23 de abril, com feijoadas extrapola as fronteiras dessa religião. A origem do festejo vem, na realidade, das religiões de matriz africana.

“O culto a São Jorge no Brasil é marcado principalmente pelo sincretismo. Nesse caso, estamos falando do orixá Ogum”, explica o mestre em educação João Victor Gonçalves Ferreira, que pesquisou sobre as festividades de São Jorge na cidade do Rio de Janeiro.

Na época da escravidão, os africanos aprisionados e trazidos à força para o Brasil associavam seus orixás a figuras católicas para que pudessem manter cultos ancestrais sem serem importunados pelos escravistas cristãos. Assim nasceu o sincretismo religioso brasileiro.

Ogum, deus do ferro e da guerra na mitologia iorubá, foi associado a São Jorge, um soldado romano martirizado em nome da fé cristã.

Origem da feijoada

Ogum é também o orixá da agricultura e, aqui no país, seu culto se conecta com a feijoada, um prato tipicamente brasileiro, feito com base em uma semente leguminosa que ocorre tanto na África quanto nas Américas e que se tornou um dos alimentos sagrados no candomblé, o feijão (Phaseolus sp).

Credita-se a Procópio Xavier de Souza, o Pai Procópio, do Ilê (terreiro) Ogunjá, em Salvador, o início da tradição, ainda no início do século 20. Há várias versões para a origem da feijoada.

Uma delas é que Pai Procópio teria brigado com um filho de santo e lhe negado a comida que havia em sua casa. Por isso, foi repreendido pelo orixá Ogum, o qual teria ordenado ao babalorixá que realizasse uma grande feijoada e convidasse várias pessoas, em especial o filho de santo.

A feijoada virou uma tradição em Ogunjá e se espalhou para outros terreiros, casas e locais comunitários do país.

“O deus da tecnologia, da agricultura [Ogum] é associado a um santo católico muito popular, ambos com viés de vitória, de combate, de superar as dificuldades da vida cotidiana, de botar a comida na mesa. Os dois são mencionados sempre pelas pessoas em momentos de provação, de dificuldades”, explica Ferreira. “Esse deus da agricultura recebe o feijão como alimento típico do Brasil. E aí São Jorge passa a comer na mesa de Ogum e a partilhar com ele essa feijoada”.

No Rio de Janeiro, samba e devoção de unem. No estado, é tradição também que escolas de samba ofereçam a feijoada de Ogum/São Jorge. A atual campeã do carnaval carioca, a Unidos do Viradouro, de Niterói, é uma delas.

“Tanto eu quanto o mestre-sala, o Julinho [Nascimento], somos muito devotos de São Jorge”, explica a dançarina Rute Alves, que é porta-bandeira da escola de samba. “O Julinho tem um filho que nasceu no dia 23 e se chama Jorge. Aqui [na Viradouro] não é só uma feijoada, mas também é anunciada a equipe para o carnaval seguinte, fala-se sobre o enredo. A feijoada fica sendo um marco para o início dos trabalhos”.

Fonte: EBC GERAL

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