Acre
Aleac realiza audiência pública para avaliar metas fiscais do primeiro quadrimestre de 2025
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou na manhã desta terça-feira (08) uma audiência pública para debater o cumprimento das metas fiscais referentes ao primeiro quadrimestre de 2025. O encontro atende ao disposto no parágrafo 4º do artigo 9º da Lei Complementar nº 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige a transparência na gestão fiscal por meio da prestação de contas periódica por parte do Poder Executivo.
A audiência foi promovida por meio de um requerimento apresentado pelo deputado Tadeu Hassem (Republicanos), presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Aleac, e contou com a presença de representantes do governo do Estado, técnicos da Secretaria da Fazenda, parlamentares e demais autoridades.
Durante a audiência, o deputado Adailton Cruz (PSB) agradeceu a presença dos sindicatos da Saúde e destacou a importância da transparência fiscal para o planejamento das categorias. “É importante, nesse momento, discutir a licença social e psicológica. Confesso que estou mais ansioso para ouvir as perspectivas para maio, que é um ponto ímpar para nós. Mas não é salutar sonhar sem ter os pés no chão e saber como estão as contas do governo”, disse.
O secretário de Estado de Fazenda do Acre, Amarísio Freitas, destacou em sua fala a relevância do debate e da participação dos servidores públicos na audiência. Ele explicou que, embora o tema fosse o cumprimento das metas fiscais do primeiro quadrimestre de 2025, os dados apresentados referem-se ao terceiro quadrimestre de 2024, em razão do calendário de consolidação.
“Esse momento de audiência pública é como se fosse um monitoramento, uma avaliação do que foi feito. É importante que cada servidor saiba e conheça, não só para criticar, mas também para ajudar a conduzir, a tomar direções. Estamos implantando essa cultura com a Assembleia Legislativa, pois o governo era questionado por que não fazia essas audiências. Não era irregularidade, mas era uma ressalva. Agora estamos aqui para discutir, mostrar o que foi feito, como foi feito, e esclarecer assuntos técnicos que dizem respeito às categorias e aos próprios poderes, que também são responsáveis pela aplicação dos recursos”, afirmou.
Representando o Tribunal de Contas do Estado, a servidora Elis Regina destacou a importância da transparência fiscal e reforçou a parceria da Corte com a Aleac na fiscalização das contas públicas. “Esse anexo das metas fiscais é uma exigência da LRF e tem sido muito debatido em nossa instituição quando analisamos as contas de governo. Ele é fundamental para verificar o resultado primário e final, além de mostrar onde os recursos estão sendo alocados. Também já discutimos com o secretário sobre a trajetória da remuneração pública, tema que será incorporado em breve. Deixo aqui o TCE sempre à disposição, com a orientação da conselheira nesta nova gestão, que tem um olhar atento à valorização das pessoas. Nossa porta está sempre aberta”, afirmou.
O secretário de Governo, Luiz Calixto, falou sobre a importância das audiências públicas como instrumento de transparência e participação popular na gestão fiscal do Estado. “A gente tem que reunir esses dados para que a população, talvez menos informada, tenha conhecimento das metas fiscais, dos números da arrecadação, do tamanho dos gastos e do cumprimento das metas. Essas audiências têm a finalidade de colocar o assunto em debate, com base nos números, para que a população compreenda melhor. Quando o povo passa a acompanhar o orçamento, a arrecadação, o pagamento de impostos e a alocação dos recursos, fortalece-se ainda mais o sentido da sociedade participativa”, pontuou.
Representando a Secretaria de Estado da Casa Civil, o Dr. Cristóvão Moura pontuou sobre o diálogo institucional e do cumprimento da legislação fiscal. Ele agradeceu à equipe da Casa Civil e aos demais secretários presentes, justificou a ausência do coronel Ricardo Brandão. “Esse momento, como já foi dito aqui, é muito especial. É o cumprimento de uma obrigação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estamos na Casa do Povo para apresentar e debater com a sociedade civil, com os atores públicos e privados, o cumprimento das legislações”, afirmou.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) iniciou sua fala destacando a expressiva participação da saúde na audiência pública e defendeu prioridade para o PCCR da categoria. “Sou da opinião de que, se a janela foi aberta, o plano de cargos da saúde tem que ser o primeiro a entrar, porque é uma dívida histórica”, afirmou. Ele também chamou atenção para o cenário de incertezas econômicas e geopolíticas mundiais, alertando que não é possível debater responsabilidade fiscal sem considerar o contexto atual. “Vivemos um momento delicado, com guerra tarifária e recessão. Até quem sempre defendeu o liberalismo está perdido diante das novas disputas globais”, pontuou.
Com dados técnicos, secretário expõe cenário da arrecadação e obrigações do Estado
Durante sua apresentação na audiência pública, o secretário de Fazenda, Amarísio Freitas, destacou a importância da transparência na divulgação dos dados fiscais do Estado. Ele explicou que a equipe técnica da Sefaz, junto com o setor de planejamento, vem trabalhando para apresentar de forma mais clara e gráfica os números relacionados à arrecadação e execução orçamentária. “Estamos publicando esses dados nos sites da Assembleia Legislativa, da Fazenda e da Controladoria Geral do Estado, para que a população possa acompanhar e entender o que é superávit, déficit, dívida pública. Nossa arrecadação em 2024, até o mês de fevereiro, alcançou R$ 11,87 bilhões, sendo R$ 8,27 bilhões provenientes do Tesouro. A meta é tornar esse processo mais acessível e didático”, frisou.
O gestor apresentou os principais dados referentes à arrecadação estadual. De acordo com ele, o Fundo de Participação dos Estados (FPE) lidera como principal fonte de receita, com R$ 6,8 bilhões arrecadados em 2023. Em segundo lugar, aparece o ICMS, com uma arrecadação de R$ 2,2 bilhões.
Uma das novidades destacadas por Amarísio foi a mudança no recolhimento do imposto de renda retido na fonte. Desde 2021, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o valor deixa de ser enviado ao Governo Federal e passa a ser destinado diretamente ao Tesouro Estadual. “Isso representou um grande avanço para o Acre, permitindo uma arrecadação mais rápida e eficiente, que somou R$ 255 milhões no ano passado”, afirmou.
Além dessas fontes, Amarísio também citou outras receitas, como o ITCMD — imposto cobrado em casos de herança ou doação — e as taxas estaduais. Juntas, essas cobranças somaram cerca de R$ 137,9 milhões, contribuindo para o equilíbrio fiscal do Estado.
O índice de gasto potencial está atualmente em 0,22%, o que abre espaço para discussões sobre a implementação de planos de carreira para diversas categorias, especialmente na saúde e no setor administrativo. “A ideia é que agora, neste mês de abril, com o suporte de arrecadação que estamos buscando, possamos iniciar essa conversa com todos os sindicatos”, disse Amarísio. Ele ressaltou ainda, a complexidade do tema e a necessidade de diálogo constante, frisando que, embora alguns municípios apareçam em situação financeira confortável nos relatórios da União, qualquer avanço nas despesas pode gerar novos déficits. “Eu mesmo contribuo com 14% para a previdência”, exemplificou.
Por fim, Amarísio destacou que, embora a arrecadação estadual esteja dentro do esperado, grande parte dos recursos já está comprometida com obrigações fixas. “Até o dia 20 de cada mês, o Estado precisa repassar os valores aos poderes, conforme determina a legislação estadual. É um compromisso que temos honrado rigorosamente”, explicou. Segundo ele, aproximadamente 24,81% de cada 100% arrecadados são destinados a esses repasses, o que representa quase um quarto da arrecadação total. Amarísio reforçou que isso não é uma crítica, mas uma obrigação que o Executivo tem cumprido de forma responsável.
Ao final da audiência, deputado Tadeu Hassem destacou a importância da apresentação das metas fiscais por parte do governo do Estado, ressaltando que esse é um momento crucial para a análise do orçamento e para o acompanhamento das demandas das categorias. “Essa reunião cumpre o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal e é um passo fundamental para garantir transparência e planejamento. Como presidente da Comissão, estou atento às demandas, especialmente das áreas da saúde e educação, que precisam de respostas concretas”, disse.
Texto: Andressa Oliveira
Fotos: Sérgio Vale
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Médico acreano é um dos palestrantes do Congresso Europeu de Autismo realizado em Portugal
No último fim de semana, Lisboa, capital de Portugal, sediou o Congresso Europeu de Autismo (CEA), que reuniu mais de 15 especialistas renomados na área de diversas partes do mundo.
Um dos convidados do evento foi o médico acreano Mazinho Maciel, especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA) e idealizador do CENTRIN – Centro de Estimulação Neuropsicomotora. O profissional tem sido presença constante em eventos de destaque internacional.
Dr. Maciel já participou de diversas conferências ao redor do mundo, incluindo San Diego, na Califórnia, onde mantém uma estreita relação com o renomado neurocientista Alysson Muotri, que coordena o maior centro de pesquisas voltadas para transtornos do neurodesenvolvimento, com a criação de organoides cerebrais, estruturas que mimetizam o cérebro humano.
Recentemente, ele também esteve em Angola, onde participou da primeira caravana africana dedicada a explorar o campo do autismo, em um lugar onde nenhum médico havia estado antes. Sua presença em Lisboa, ao lado dos maiores especialistas do mundo, foi uma oportunidade para compartilhar suas experiências como médico e ativista da causa autista.
“Graças a Deus e ao nosso incansável esforço, o trabalho realizado no Acre tem sido reconhecido tanto nacional quanto internacionalmente. O ano apenas começou e minha agenda já está quase lotada. Em breve, estarei em eventos em São Paulo, Goiânia, Bahia, Ceará, Assunção (Paraguai), África e nos Estados Unidos”, declarou.
Natural de Cruzeiro do Sul, é considerado um dos especialistas brasileiros no assunto, já tendo sido convidado para palestrar em alguns países do mundo, como os Estados Unidos e a África, Mazinho Maciel começou a se dedicar ao estudo do autismo por uma necessidade pessoal.
Em 2017, a filha do médico, então com dois anos, foi diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista. Por falta de atendimento especializado para a criança no Juruá, acabou se especializando no assunto, criando em Cruzeiro do Sul, o Centro de Tratamento de Integração Sensorial, o Centrin, em agosto de 2018 para atendimento a crianças com TEA.
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Acre
Nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros em Rio Branco

Foto: Jardy Lopes
A Defesa Civil de Rio Branco divulgou, na manhã deste sábado, 19, novo boletim com a medição do nível do Rio Acre na capital. Às 5h30, o rio marcava 10,94 metros, apresentando elevação nas últimas horas.
Apesar da estabilidade nas chuvas, sem rehostro nas últimas 24 horas, o nível do Rio Acre segue em tendência de alta.
Nos últimos dias, o nível do Acre voltou a subir consideravelmente. Tanto em Rio Branco, quanto nos demais municípios por onde o rio passa.
Apesar za subida, em Rio Branco, o rio permanece abaixo da cota de alerta que é de 13,50 metros, e a de transbordamento, 14,00 metros.
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Fenômeno luminoso no céu é visto em cidades do Acre
Moradores de Manoel Urbano, no interior do Acre, relataram ter visto um objeto luminoso cruzando o céu na noite desta sexta-feira (18). O fenômeno, descrito como semelhante a um meteoro, foi registrado em vídeo por uma moradora e gerou preocupação na população.
O caso não se restringiu a Manoel Urbano. Também houve relatos em Mâncio Lima, Porto Walter e Rodrigues Alves. Em todas as cidades, o objeto foi descrito com características semelhantes.
Segundo testemunhas, o objeto permaneceu visível por cerca de quatro minutos. A principal hipótese levantada nas redes sociais é de que se trate da reentrada de um satélite na atmosfera ou da queda de um meteorito, mas nenhuma hipótese foi confirmada ainda.
O vídeo continua circulando em grupos de WhatsApp e redes sociais, gerando especulações entre os moradores.
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