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Aécio supera Marina na reta final e vai ao segundo turno contra Dilma

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Dilma e Aécio no último debate, realizado pela TV Globo, na quinta-feira (2)

Dilma e Aécio no último debate, realizado pela TV Globo, na quinta-feira (2)

UOL

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio Neves (PSDB) disputarão o segundo turno da eleição presidencial em 26 de outubro. O candidato tucano ultrapassou a ex-senadora Marina Silva (PSB) na reta final da campanha.

Aécio aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto até a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato pelo PSB, em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, em 13 de agosto.

Marina passou, então, de vice a cabeça de chapa do PSB e logo tomou o segundo lugar do tucano na preferência dos eleitores. A ex-ministra do Meio Ambiente chegou a ficar tecnicamente empatada com Dilma em primeiro lugar no começo de setembro.

Alvo de ataques da petista e do tucano, Marina perdeu terreno e acabou superada por Aécio. O empate técnico entre os dois, que marcou o início da virada de Aécio, foi registrado pela primeira vez na pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (2).

Com a virada na reta final, o senador mineiro evitou um fiasco histórico para o PSDB. Fundado em 1988, o partido só saiu derrotado da disputa presidencial no primeiro turno em 1989 – na ocasião, o candidato tucano era Mário Covas.

O segundo turno está marcado para o dia 26 de outubro, o último domingo do mês. No horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, o tempo dos programas será dividido igualmente entre as candidaturas. Cada uma terá dez minutos por edição.

Trajetórias de Dilma e Aécio

Dilma, 66, e Aécio, 54, têm duas coisas em comum: nasceram em Belo Horizonte e são formados em economia.

A petista nasceu em 14 de dezembro de 1947. Durante a ditadura, integrou organizações como a VAR-Palmares, que defendia a luta armada contra o regime militar. Foi presa e torturada à época.

No fim da ditadura, já no Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o PDT. Nos anos 80, foi secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre. Na década seguinte, foi secretária de Minas e Energia do governo gaúcho. Filiou-se ao PT em 2001. No governo Lula, foi ministra de Minas e Energia e ministra-chefe da Casa Civil.

Dilma Rousseff
  • Partido: PT
  • Nascimento: 14/12/1947, em Belo Horizonte
  • Ocupação: Presidente da República
  • Vice: Michel Temer (PMDB)
  • Coligação: PT / PMDB / PSD / PP / PR / PROS / PDT / PC do B / PRB

Indicada por Luiz Inácio Lula da Silva, disputou sua primeira eleição em 2010 e já como candidata a presidente. Foi ao segundo turno contra José Serra (PSDB) e, com 55,7 milhões de votos, tornou-se a primeira mulher eleita presidente na história do país.

Tomou posse em 1º de janeiro de 2011 e sempre esteve na dianteira das pesquisas durante o mandato. Mesmo com os protestos de junho de 2013, que diminuíram a aprovação de seu governo e suas intenções de voto, as pesquisas indicavam que a presidente era favorita para liquidar a disputa já no primeiro turno.

A tendência de realização de segundo turno surgiu em julho passado, no início oficial da campanha. A presidente passou o ano enfrentando denúncias relacionadas à Petrobras, como o caso do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal. Ele é suspeito de operar um esquema de desvio de recursos da estatal, com o envolvimento de políticos e partidos.

Dilma também enfrentou críticas em relação à condução da política econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve um crescimento de 2% por ano entre 2011 e 2013, a média mais baixa desde o governo Collor. Nos dois primeiros trimestres de 2014, os resultados do indicador foram negativos, o que deixa o país tecnicamente em recessão. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 6,51%, ligeiramente acima da meta do governo.

Aécio Neves
  • Partido: PSDB
  • Nascimento: 10/3/1960, em Belo Horizonte
  • Formação: Economia
  • Vice: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
  • Coligação: PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / PTC / PT do B

Nascido em 10 de março de 1960, Aécio foi secretário particular do avô Tancredo Neves quando este assumiu o governo de Minas Gerais, em 1983. Tancredo venceu a eleição indireta para presidente em 1985 e se tornaria o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura, mas adoeceu e morreu sem tomar posse.

Filiado ao PMDB, Aécio elegeu-se deputado federal por Minas Gerais em 1986. Foi reeleito, já pelo PSDB, em 1990, 1994 e 1998. Presidiu a Câmara entre 2001 e 2002, ano em que venceu a disputa eleitoral pelo governo mineiro. Foi reeleito em 2006 e obteve uma vaga no Senado em 2010.

Durante a campanha presidencial, o tucano também se viu às voltas com denúncias. Em julho, a “Folha de S.Paulo” revelou que o governo de Minas Gerais gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador tucano, no fim de seu segundo mandato como governador do Estado. Construído no município de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, o aeroporto é administrado por parentes de Aécio.

Os adversários procuraram associar a imagem de Aécio aos escândalos da era Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002), como a denúncia de compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda que instituiu a possibilidade de reeleição. O tucano também recebeu críticas quando afirmou que o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central durante o governo FHC, seria seu ministro da Fazenda. Para os críticos, Armínio representa uma linha de pensamento econômico menos preocupada com o combate ao desemprego.

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Após ataque de Israel, Brasil pede “máxima contenção” ao Irã

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Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 23/11/2023

Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira , se reuniu com o chanceler do Irã , Hossein Amir-Abdollahian , nesta sexta-feira (19), horas depois do ataque de Israel contra uma base militar em Isfahan. O encontro ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova York, nos Estados Unidos.

Segundo o Itamaraty, o chanceler brasileiro pediu ao homólogo iraniano “máxima contenção” para evitar uma tragédia ainda maior no conflito do Oriente Médio.

Em nota divulgada na tarde desta sexta, o Itamaraty ainda informa que Mauro Vieira está convocando a comunidade internacional “a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada” na guerra da região.

Israel disparou bombas na base militar rival após sofrer ataques com drones do Irã. Na ocasião, o governo iraniano disse que sua ofensiva era um revide ao ataque aéreo de 1º de abril contra o prédio do consulado do país na capital síria, que matou altos comandantes iranianos.

Leia o comunicado do Itamaraty na íntegra:

Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Esse apelo foi transmitido diretamente pelo Ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro bilateral ocorrido hoje na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

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Fonte: Nacional

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Primeiro fórum estadual do Programa Imóvel da Gente é instalado em SP

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O primeiro Fórum Estadual de Apoio ao Imóvel da Gente foi instalado nesta sexta-feira (19), na cidade de São Paulo. O fórum atua no âmbito do Programa de Democratização de Imóveis da União, criado pelo governo federal para destinar imóveis públicos sem uso para habitação social e outras políticas públicas.

A Instalação do fórum, que objetiva promover o debate e a priorização da democratização desses imóveis, teve a presença da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que destacou a importância da participação de integrantes do estado e município.

“Essa parceria vai viabilizar recursos suficientes para garantirmos moradias nos centros das cidades. É uma felicidade enorme de poder firmar esse acordo e ter o primeiro fórum aqui em São Paulo, porque essa cidade possui uma maturidade nessa discussão gigantesca e que vai nos ajudar a levar essa cultura para todo o Brasil”, disse a ministra, conforme divulgação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Dweck acrescentou que o programa valoriza o patrimônio público ao dar uma destinação social, garantindo a prestação de um melhor atendimento à população, com cuidado especial à população em situação de rua.

Com o programa, mais de 500 imóveis da União em 200 municípios poderão ser destinados a outros entes federativos, movimentos sociais e setor privado para construção de habitações e equipamentos públicos. Além desses, que estão sob gestão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem 3.213 imóveis não operacionais passíveis de serem destinados para outros projetos.

Hoje, foram nomeados 18 titulares e suplentes do grupo em São Paulo. O fórum paulista conta com a participação de representantes do governo federal, estadual e municipal, além da sociedade civil. Na oportunidade, também foi assinado Acordo de Cooperação Técnica entre União e Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico para apoiar ações do programa.

O superintendente do Patrimônio da União de São Paulo, Celso Santos Carvalho, afirmou que a missão é colocar esse patrimônio imobiliário a serviço da consolidação dos direitos e do combate à desigualdade social no país. “A orientação do presidente Lula é de democratizar os imóveis da União e essa é a nossa forma de contribuir para o esforço de reconstrução nacional”, disse.

Fonte: EBC GERAL

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Belém sedia evento indígena preparatório para a COP 30

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Mais de 400 representantes de diferentes etnias participam, em Belém (PA), da I Semana dos Povos Indígenas. Com o tema “Emergência climática: povos indígenas chamam para a cura da Terra”, o evento começou nesta quinta-feira (18) e segue até domingo (21), em vários pontos da cidade.

Realizado pela Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Sepi), com apoio do governo federal, reforça o papel dos povos originários na preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas. Além de debates sobre temas como sustentabilidade, manejo florestal, agricultura familiar e medicina tradicional indígena, a programação inclui apresentações culturais, oficinas, prestação de serviços e uma feira de artesanato.

O evento também serve de preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), agendada para acontecer na capital paraense em novembro de 2025. A expectativa é que a conferência atraia cerca de 50 mil visitantes.

“A ideia é que o povo de Belém receba os povos indígenas, não somente esta semana, mas que, cada vez mais, o Pará se torne território indígena; que reconheça essa identidade [indígena], sua ancestralidade. E que a gente possa caminhar para uma COP 30 assim, realizando um dos maiores eventos ambientais do planeta”, afirmou a secretária estadual Puyr Tembé, em nota divulgada pela Sepi.

Demografia

A abertura oficial do evento acontece na noite desta sexta-feira (19), mas os debates já estão acontecendo desde quinta-feira (18), quando a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) divulgou uma nota técnica sobre o tamanho da população indígena no Pará e a forma como ela está distribuída pelo estado.

“A população indígena no Pará apresenta uma distribuição heterogênea, com concentração em determinadas regiões, o que demanda estratégias específicas para cada comunidade”, apontam os responsáveis pela análise elaborada a partir dos resultados dos dois últimos Censos Demográficos (2010 e 2022) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último período, no Pará, o número de pessoas que se declaram indígenas aumentou 58%, passando de 51.217 pessoas, em 2010, para 80.980, em 2022. Com isso, os indígenas já são, oficialmente, 1% da população paraense. A “forte expansão demográfica” registrada no estado acompanhou a tendência nacional. No país, o número de brasileiros que se identificam como indígenas cresceu quase seis vezes entre 1991, quando eram pouco mais de 294 mil, e 2022, ano em que já eram mais de 1,694 milhão. 

Ainda que o número de indígenas paraenses com 60 anos ou mais tenha aumentado 118% entre 2010 e 2022, a população indígena estadual é majoritariamente jovem: praticamente metade (49,7%) dela tem entre 15 e 49 anos de idade. Os dados também apontam para uma paridade entre pessoas do gênero feminino (40.530) e do masculino (40.450). A situação, contudo, representa uma reversão nos padrões demográficos, já que, segundo a Fapespa, em 2010, os homens eram maioria.

Preservação

Também nesta quinta-feira, aconteceu, dentro da programação oficial da semana, um painel sobre preservação ambiental e mudanças climáticas nas terras indígenas do Pará. Participaram do debate representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Associação Angrokrere – Mebengokre, das secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social, Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, além do Banco do Estado do Pará (Banpará).

“Destacamos o Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e seu processo de construção, com a participação ativa dos povos [originários] e comunidades tradicionais”, comentou, em nota, o secretário-adjunto estadual de Recursos Hídricos e Clima, Raul Protázio. Já o representante do Ministério dos Povos Indígenas, Bruno Potiguara, diretor de Gestão Ambiental Territorial e Promoção do Bem Viver Indígena, destacou a visibilidade que eventos como a I Semana dos Povos Indígenas confere. “É muito interessante fazer esse trabalho pensando no contexto de todo o estado, pensando na proteção territorial, na gestão de seus territórios”.

Fonte: EBC GERAL

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