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Acreana escreve livro sobre experiência na luta contra o câncer de mama: ‘Eu só queria viver’

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Maria Inês de Melo foi diagnosticada com câncer em 2018 — Foto: Arquivo pessoal

Por Alcinete Gadelha

Há quem queira esquecer a experiência de enfrentar um câncer. Mas, nem todo mundo. Também existe quem vê como alternativa, durante o tratamento delicado, registrar os caminhos trilhados na luta contra a doença.

É o caso da acreana Maria Inês de Melo, de 49 anos, tenente da reserva da Polícia Militar do Acre (PM-AC), que em 2018 descobriu um câncer de mama em estágio três e, durante o tratamento, ela escreveu o livro “Transformando a dor em alegria – Vencendo o câncer de mama”.

Embora fizesse os exames anuais de mamografia, ela foi diagnosticada no intervalo de um ano para o outro e teve que mudar de vida completamente.

“Quando você é diagnosticado com uma doença em uma gravidade dessas, no momento em que recebe o diagnóstico, é como se abrisse um buraco e você não soubesse mais que rumo tomar. Foi assim que me senti, como se fosse uma sentença de morte”, contou.

Livro conta a trajetória de escritora na luta contra o câncer — Foto: Arquivo pessoal

Depois do diagnóstico

Depois do diagnóstico, Maria disse que não sabia que atitude tomar. Foi quando recebeu incentivo de familiares e amigos para fazer o tratamento no hospital de Amor de Barretos, em São Paulo. No começo de 2019, ela viajou para o estado paulista, onde fez a cirurgia na mama esquerda, retirou o tumor maligno, que chegou a quase cinco centímetros, e fez todo o tratamento de quimioterapia e radioterapia.

“Foi uma fase extremamente difícil de insegurança que você tem que tirar forças de onde não sabe que tem. Então, no tempo da quimioterapia, como ficava muito em casa sem poder sair, meu filho sugeriu: ‘mãe, por que você não conta, faz uma narrativa sobre a sua história em relação ao câncer de mama?'”, contou.

Maria disse que ficou questionando como alguém poderia fazer uma narrativa, passando por um momento tão difícil, tendo reações devido ao tratamento.

“Ele falou: ‘a senhora consegue. A senhora gosta de escrever’. Pensei e resolvi começar a escrever sobre a minha trajetória desde quando sai de Rio Branco, às pressas, com ajuda dos amigos e deixando tudo para trás, porque você sonha com muitas coisas e, de repente, tudo foi interrompido. Eu só queria agora viver mais um tempo”, contou.

Foi assim que ela começou a escrever o livro que vai ser lançado no dia 23 de outubro oficialmente, mas, tem feito pequenos lançamentos com grupos pequenos para evitar aglomeração de pessoas durante a pandemia de Covid-19.

O lançamento do livro no mês de outubro é cheio de significado para Maria, que fez questão de voltar ao Acre no início deste mês para fazer o lançamento durante o Outubro Rosa, mês de combate e prevenção ao câncer de mama.

Maria Inês diz que é importante nunca desistir — Foto: Arquivo pessoal

Mensagem para as mulheres

Fazendo acompanhamento médico ainda, a escritora deixa uma mensagem para as mulheres de que façam os exames rotineiramente.

“Gostaria que nenhuma mulher passasse por isso. Então, aconselho que façam seus exames, conheçam seus corpos para que em qualquer mudança você perceba”, alertou.

O livro tem uma breve abordagem sobre o câncer de mama, tipos de câncer que a mulher pode ser acometida, fatores que podem influenciar no surgimento do câncer de mama, além de fatores genéticos, os ambientais sobre o que se come e bebe, tabagismo e alcoolismo e outras patologias que a mulher pode ter e contribuir para o surgimento da doença, de acordo com a escritora.

“É sobre minha experiência, eu conto desde o dia em que cheguei em São Paulo até a última quimioterapia, a volta para o Acre, amostras de queimaduras que tive após a radioterapia”, contou.

Para a escritora, o assunto é delicado e difícil de falar, mas, quando se trata de levar o alerta para outras mulheres, ela resolveu superar os limites.

“Não é fácil falar. A capa do livro eu crie, a imagem é real. A maioria das mulheres tendem a se retrair com medo e não querer mostrar. Ninguém quer falar de câncer, eu tive que fazer leituras sobre o assunto porque eu não conhecia. A gente lê sobre muitos assuntos, mas ninguém quer ler sobre câncer”, pontuou.

Além das leituras, ela ainda contou com o apoio do médico que fez o tratamento dela. Maria explicou a reportagem que toda a renda adquirida com o livro vai ser revestida para a Casa de Apoio Amigos do Peito. O exemplar custa R$ 20.

“Meu objetivo foi de registrar tudo para que servisse de incentivo para outras mulheres que hoje estão recebendo diagnóstico, estão iniciando o tratamento e para que elas não desistam e se sintam incentivadas a prosseguir. O dia de amanhã nós não sabemos, não sabemos como vamos morrer. O câncer é uma doença crônica que tem controle. E, a grande importância é o diagnóstico precoce. Nessa caminhada você pode vencer ou não, mas o importante é você não desistir”, concluiu.

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Em alusão aos 32 anos de Epitaciolândia, prefeitura pagou antecipado o mês de abril nesta terça feira, 23.

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Fazendo parte dos festejos em comemoração aos 32 anos de emancipação político-administrativa de Epitaciolândia. O prefeito Sérgio Lopes determinou ao setor de finanças que realizasse de forma antecipada o pagamento da folha de todos os servidores e cargos comissionados referentes ao mês de abril de 2024.

Com o deposito na conta dos servidores entrarão em circulação cerca de 2,9 milhões na economia local, devido ao grande esforço da gestão em cortar gastos e manter a austeridade fiscal tem sido possível pagar antecipado à folha e manter em dia os compromissos financeiros com fornecedores.

Sérgio Lopes salientou que o pagamento de forma antecipada tem sido constante devido ao zelo com dinheiro público e o compromisso na valorização dos servidores.

“Temos tido esse olhar diferenciado com nossos servidores, ao longo de nossa gestão já concedemos cerca de 37,5% de reajuste e sempre buscamos garantir todos os direitos de cada um, pagamos hoje o mês de abril, são mais de 2,9 milhões de reais na economia local, esse é o nosso maior investimento, cuidar bem de nossa gente em todos os aspectos. ” Destacou o prefeito. ” Disse o prefeito

 

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BR’s 364 e 317 seguem entre as piores do país, mostra levantamento

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Um ranking organizado pelo Centro de Liderança Política (CLP) comprova o que o acreano sente na prática há muitos anos. As rodovias federais que “cortam” o estado estão entre as piores de todo o país.

O levantamento foi baseado na avaliação das rodovias nacionais feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) que avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais, levando em conta a estrutura das estradas e tempo de conservação.

Conforme o ranking, o Acre recebeu apenas 1,96 de uma nota máxima de 5, ficando, entre todos os estados brasileiros, a frente apenas do Amazonas, com 1,82. O estado vizinho possui uma particularidade, sendo que diversos municípios têm ligação apenas aérea ou fluvial.

O ranking é liderado pelo estado de São Paulo com nota 4,16, seguido por Alagoas e o Distrito Federal. Na Região Norte, o estado melhor colocado é Roraima, na 12ª posição.

As condições das rodovias federais no Acre, principalmente a BR-364, informa o estudo, trazem prejuízos maiores para a população do que a simples demora e o desconforto de uma viagem, principalmente, afastando investimentos necessários para o desenvolvimento econômico do Acre por conta da dificuldade de logística na hora de escoamento da produção, já que rodovias em condições precárias resultam em aumento dos custos logísticos das empresas, devido a despesas adicionais com manutenção veicular, consumo excessivo de combustível e tempos de viagem.

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Governador Gladson Cameli entrega plano emergencial a ministros e pede ajuda federal para enfrentar mudanças climáticas no Acre

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O governo do Estado segue empenhado na busca por soluções e no enfrentamento aos eventos climáticos extremos que afetam o Acre com cada vez mais frequência e intensidade. Nesta segunda-feira, 22, em Brasília (DF), o governador Gladson Cameli entregou o Plano Emergencial de Enfrentamento às Enchentes aos ministros do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e reforçou o pedido de apoio do governo federal à população acreana.

Governador Gladson Cameli entregou, nesta segunda-feira, 22, o Plano Emergencial de Enfrentamento às Enchentes à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Foto: Pedro Devani/Secom

Elaborado por 11 órgãos do Poder Executivo, o documento de 84 páginas apresenta uma série de propostas e soluções, como a implantação de um sistema de alertas e monitoramento das cheias dos rios e igarapés, retirada de órgãos públicos, prédios comerciais, aldeias indígenas e famílias residentes em áreas de inundações, reflorestamento das matas ciliares e a contratação de estudos e assessorias técnicas para a elaboração dos planos das bacias hidrográficas, entre outras medidas.

“Sabemos do tamanho do desafio que temos pela frente e precisamos agir o quanto antes. As mudanças climáticas são uma realidade, e o Acre tem sofrido muito nos últimos anos. A nossa vinda aqui é para reforçar o nosso pedido de ajuda ao governo federal e, ao mesmo tempo, agradecer o presidente Lula e sua equipe de ministros, que têm sido grandes parceiros do nosso estado neste momento tão difícil”, afirmou Cameli.

Governante ressaltou os desafios enfrentados no estado e agradeceu o apoio dado pelo governo federal à população acreana. Foto: Pedro Devani/Secom

Durante o encontro, a ministra Marina Silva defendeu a destinação de recursos para um programa nacional de emergência climática. “Talvez tenhamos que fazer um regime de exceção fiscal, como foi feito durante a pandemia, para poder ajudar com mais agilidade os municípios que estão em situação mais grave”, declarou.

Na oportunidade, também foi entregue à titular do Meio Ambiente e Mudança do Clima uma carta consulta para a recuperação da bacia do Igarapé São Francisco. “Esta é uma intervenção necessária e muito importante para conter os alagamentos do manancial, que estão cada vez mais recorrentes, e causam transtornos a milhares de famílias da capital”, explicou Renata Souza, secretária adjunta de Meio Ambiente.

Em 2024, mais de 100 mil pessoas de 19 dos 22 municípios acreanos sofreram com as enchentes. Brasileia, na fronteira com a Bolívia, registrou a maior cheia da história. Um levantamento do governo estadual estima que 13 mil residências estão localizadas em áreas alagadiças.

Durante a reunião, também foi apresentada uma carta consulta para a recuperação da bacia do Igarapé São Francisco. Foto: Pedro Devani/Secom

“Queremos formalizar parcerias com as prefeituras para a formulação de planos municipais que estejam de acordo com as realidades locais. A nossa meta é executar a curto, médio e longo prazo as propostas contidas neste documento e superar estes problemas, que tanto têm prejudicado nossa população, de maneira definitiva”, argumentou o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão.

Ministro Waldez Góes enaltece iniciativa do governo do Acre

O esforço do governo do Estado em querer superar as consequências dos eventos climáticos extremos foi reconhecido pelo ministro Waldez Góes. O gestor colocou-se à disposição para ajudar o Acre. “É muito louvável a elaboração deste plano. Sabemos que é um tema transversal e estaremos empenhados em dialogar com outros ministérios para poder apoiar o estado. O Brasil tem um futuro muito desafiador em relação aos eventos climáticos extremos”, enfatizou.

Ministro Waldez Góes enalteceu iniciativa do governo do Estado e garantiu apoio ao plano emergencial. Foto: Pedro Devani/Secom

As reuniões foram acompanhadas pelos secretários de Governo, Alysson Bestene; da Fazenda, Amarísio Freitas; de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago; e de Comunicação, Nayara Lessa; do chefe do Gabinete do Governador, José Messias; e do procurador do Estado, João Paulo Setti.

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