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Acre é rota preferencial para entrada de cocaína produzida no Peru

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Crescente uso do crack e oxi, no Brasil, e a fragilidade nas fronteiras atraem interesse dos narcotraficantes.

Ângela Rodrigues, direto de Lima (Peru)

Uma reportagem especial da revista peruana Correo Semanal, intitulada Perú Coca e publicada nesta quarta-feira (29), acende um alerta para as autoridades brasileiras e coloca o Estado do Acre, que faz fronteira com a Bolívia e o Peru, na rota preferencial dos narcotraficantes.

A matéria de capa afirma que o país vizinho, Peru, está a um passo de ocupar o primeiro lugar no ranking mundial, com a produção de mil toneladas de pasta base de cocaína. A informação foi anunciada pelo escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (Unodoc).

Alfândega na na cidade de Assis Brasil, na divisa entre Brasil e Peru

Alfândega na na cidade de Assis Brasil, na divisa entre Brasil e Peru

40% da cocaína que abastece o País é oriunda do Peru. A droga estaria entrando livremente no Brasil por meio de rota terrestre, o que coloca o Acre como porta principal de entrada da droga para outras cidades brasileiras.

As fronteiras de Assis Brasil/Iñapari (Perú) e  Brasileia e Epitaciolândia /Cobija (Bolívia) aparecem como rota preferencial devido a uma série de fatores, entre eles: localização geográfica favorável, alto déficit de emprego formal, insuficiente desenvolvimento industrial, baixo aparato policial e inoperância das autoridades locais de ambos os países.

A Diretoria Executiva Antidrogas do Peru (Dirandro) estima que quase a metade da produção ao longo dos rios Apurimac, Ene e Mantaro – fronteira Peru/Bolívia – chegam ao mercado boliviano com destino certo: Brasil.

Segundo fontes policiais peruanas, já foram detectadas 14 máfias que operam nesta região de dupla nacionalidade; cada uma delas possui entre 80 a 100 caminhões circulando a serviço do narcotráfico.

Há três anos, a Sociedade Nacional de Indústrias (SNI) vem alertando que grupos de contrabandistas estão atuando com os narcotraficantes no transporte de drogas e lavagem de dinheiro.

Preço da cocaína produzida no Peru salta ao chegar à fronteira com Brasil

A droga produzida no Peru percorre um longo caminho até seu destino final. Ao sair dos mais longínquos vilarejos, o quilo da pasta base de cocaína é comercializado, inicialmente, a U$ 800, o quilo.

Após percorrer o trajeto até a fronteira, ainda em solo boliviano ou peruano, este valor salta para U$ 2.600. O preço pago a um caminhoneiro para atravessar entre 35 a 40 quilos de cocaína até o Brasil é de U$ 50 mil; ou seja, em média R$ 119 mil, podendo variar para mais ou menos.

A notícia tem preocupado as autoridades peruanas que atuam no combate ao narcotráfico. Enquanto isso, as autoridades brasileiras parecem não se preocupar com o problema, que silenciosamente atravessas as fronteiras e se espalha pelo País.

No ano passado, o governo Federal anunciou uma série de políticas públicas de combate e tratamentos para dependentes da droga. Mas, pouco ou quase nada tem sido feito para frear a entrada de drogas nas regiões fronteiriças.

ONU: alto consumo da droga no Brasil estimula aumento na produção de coca

Em maio deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um alerta sobre a mudança nas rotas de saída da droga produzida no Peru, bem como o crescimento da demanda brasileira pela cocaína, apontada como principal estímulo para o aumento da produção peruana.

“A frequência com que se apreende a droga evidencia que um fluxo importante de PBC (Pasta Base de Cocaína) produzida no Peru tem como destino o mercado brasileiro. Esta substância não é proveniente apenas de áreas próximas à fronteira (peruana) com o Brasil (Caballococha, Cushillococha, Yuvineto e Santa Clotilde, entre outras cidades de Loreto). O mesmo se aplica a outras áreas de produção no País, como San Gabán, Iñampari e Tambopata, na fronteira com a Bolívia, na passagem do mercado brasileiro”, revela trecho do relatório sobre distribuição e comercialização, divulgado no site na ONU, no Brasil.

A diretora executiva da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida/Peru), Carmen Masías Claux, afirmou que pelo menos 97% do cultivo da folha da coca peruana é destinado ao narcotráfico.

Os dados oficiais devem ser publicados em 15 dias, por meio do “Informe de Monitoramento de Cultivo da Coca”. Em 2012, o mesmo órgão registrou uma produção, na zona andina, de 620 toneladas de cocaína.

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Na Bolívia, Acre participará da segunda reunião do intercâmbio técnico da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas

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A delegação do governo do Estado chegou nesta segunda-feira, 22, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para a segunda reunião do intercâmbio técnico da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF), organizada pelos governos de Santa Cruz, Tarija e Pando. O encontro acontece de 23 a 26 de abril, no hotel Los Tajibos.

A vice-governadora, Mailza Assis, lidera a missão oficial do Acre, que inclui as secretárias de Estado de Meio Ambiente, Julie Messias; de Povos Indígenas, Francisca Arara; a controladora-geral do Estado, Mayara Cristina; equipe técnica e delega

Vice-governadora lidera a delegação que inclui secretárias de estado, diretores e equipe técnica dos órgãos ambientais do Acre. Foto: Assessoria

“O Acre tem grandes resultados na política ambiental, e levaremos esses modelos para mostrar o que estamos fazendo, compartilhar nossas experiências e políticas para o clima. Neste espírito de cooperação internacional, vamos levar boas práticas que possam auxiliar na mitigação dos danos ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que vamos debater uma economia verde para beneficiar as pessoas”, destacou Mailza.

O encontro se concentrará no “Desenvolvimento de baixas emissões e financiamento climático para reduzir o desmatamento das florestas tropicais e alcançar uma transição justa”, acrescentou.

O intercâmbio é uma oportunidade para conectar líderes e comunidades que atuam em jurisdições subnacionais com o setor privado e doadores, para entender melhor as necessidades, realidades e oportunidades de trabalho conjunto para atingir essas metas.

Além disso, a reunião contará com grupos de discussão – “charretes”- direcionadas, que reunirão os membros da Força-Tarefa do GCF para co-projetar mecanismos que abordem suas realidades na construção de novas economias florestais em seus estados e províncias.

Essas reuniões de planejamento são a próxima etapa da Chamada à Ação de investimento de US$ 1 bilhão que os governadores e parceiros da Força-Tarefa do GCF emitiram no ano passado, na COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Agenda geral

23 de abril – terça-feira

13h – Reunião Ordinária do Comitê Global sobre Povos Indígenas e Comunidades Locais;

15h – Reunião de nivelamento da secretaria com os governadores sobre a Força-Tarefa do GCF, liderada por William Boyd, com a presença dos governadores e vice-governadores da Bolívia, Colômbia, Peru, Acre e Rondônia;

16h20 – Reunião da Amazônia+, programa da União Europeia supervisionado por agências de desenvolvimento francesas, italianas e espanholas. Potencial de financiamento para jurisdições amazônicas e grande interesse em apoiar os esforços da Força-Tarefa do GCF na bacia amazônica;

19h30 – Abertura de boas-vindas dos governadores anfitriões (Bolívia), seguido de um evento cultural e coquetel.

24 de abril – quarta-feira

9h – Cerimônia de abertura do governador em exercício de Santa Cruz de La Sierra, Mario Aguilera; em seguida, estruturação da agenda econômica da Nova Floresta, com William Boyd;

9h45 – Painel dos governadores moderado por Fabíola Munhoz Deodoro;

11h30 – Painel Financiamento climático e a Nova Economia de Base Florestal com membros dos governos da Noruega, Reino Unido e União Europeia; participantes de fundações e fundos: re:selvagem, Clua e Fundo Amazônia Andes; bancos multilaterais e parceiros de investimentos com representantes do Banco Mundial, KPTL, GEF e Fias;

14h30 – Painel de discussão sobre os 4 pilares do Plano de Ação de Manaus;

18h15 – Reunião dos governadores de Pando, Santa Cruz e Tarija.

25 de abril – quinta feira

9h – Reunião de alinhamento com os facilitadores e participantes das charettes;

9h30 – Reunião dos Grupos de Trabalho da Força-Tarefa do GCF (charettes):

1) Alto desmatamento, agricultura;

2) Comunidade do Peru;

3) Alta cobertura florestal;

4) Transfronteiriço (Madre de Dios-Acre-Pando);

5) Mesa redonda de parceiros (doadores, ONGs, líderes do setor);

15h45 – Apresentação dos grupos de trabalho:

1) Alto desmatamento, agricultura;

2) Peru Mancomunidad Regional Amazonica;

3) Transfronteiriço (Madre de Dios-Acre-Pando)

4) Alta cobertura florestal;

17h30 – encerramento com o anúncio de Santa Cruz.

26 de abril – sexta-feira

7h – visitas de campo

Saída do hotel Los Tajibos para as rotas para vivências de experiências locais:

● Fundos de água (Fundación Natura Bolivia) programa de proteção de bacias hidrográficas;

● Porongo (exposição de até 30 empreendedores com produtos florestais não madeireiros, frutas e outros, no município de Porongo);

● San José de Chiquitos – Missão Jesuíta e Patrimônio Mundial da UNESCO, a 4 horas de carro de Santa Cruz;

● Urubicha – um vilarejo ao norte da cidade de Santa Cruz, às margens do Rio Blanco, onde os jesuítas construíram uma de suas missões;

● Lomas de Arena – uma pequena maravilha natural de 3.000 hectares de dunas de areia localizada a 17 km (45 minutos de carro) da cidade de Santa Cruz.

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MPAC discute ações para o fortalecimento da rede de proteção à mulher vítima de violência doméstica

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 7ª Promotoria de Justiça Criminal, realizou mais uma reunião do projeto “Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência Doméstica em Ação”. O projeto visa intensificar, concentrar e articular os esforços da rede de proteção à mulher, buscando aumentar a eficiência das ações desenvolvidas.

Coordenado pela promotora de Justiça Diana Soraia Pimentel, o projeto promove reuniões mensais para discutir estratégias e aprimorar a atuação da rede de proteção. Além da 7ª Promotoria Criminal, também fazem parte do projeto o Núcleo Permanente de Autocomposição (NAPAZ), o Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), órgãos auxiliares do MPAC.

Neste encontro, foram discutidas questões relacionadas à qualidade dos testemunhos de policiais que atendem as ocorrências de violência doméstica e a necessidade da presença das vítimas e testemunhas em audiência de instrução e julgamento.

Além disso, foram discutidas alternativas para a realização dos cursos do Sistema Nacional de Aprendizado Industrial (Senai) para estas mulheres, bem como a necessidade de criação do fluxo para o benefício do aluguel social para mulheres vítimas de violência doméstica.

A promotora destacou que na última reunião da rede de proteção, foi identificada a ausência de plantões de profissionais de psicologia e assistência social nas unidades de saúde para o atendimento a estas mulheres.

Diante disso, a Promotoria encaminhou o ofício para a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), ressaltando a necessidade destes profissionais nos plantões ininterruptamente. Como resultado, foi publicada a Portaria n°693, de 08 de abril de 2024, possibilitando o adicional de plantão emergencial.

Em sua fala, a promotora enfatizou que o projeto tem conseguido avanços no combate à violência doméstica por meio de ações desenvolvidas de forma conjunta com as instituições que compõem a rede de proteção.

“Estamos nos fortalecendo no trabalho em rede, sendo esta Portaria uma grande vitória para a proteção integral à mulher vítima de violência doméstica, no momento em que ela necessita dos profissionais de psicologia e assistência social”, disse.

Participaram da reunião representantes do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública, das Secretarias de Educação, de Saúde e de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado e do Município, da Secretaria da Mulher, da Casa Abrigo, da Delegacia de Atendimento à Mulher, do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, do Caps AD III, além de representantes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Sobral e do 2º Distrito, entre outros.

Texto: Marcelina Freire
Fotos: Clóvis Pereira
Agência de Notícias do MPAC

Fonte: Ministério Publico – AC

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MPAC participa de evento em homenagem aos povos indígenas em Brasileia

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Na última sexta-feira (19), o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça de Brasileia, participou de um evento especial realizado pela Prefeitura Municipal em homenagem aos povos indígenas Jaminawa que residem em contexto urbano do município.

O evento, em alusão ao Dia Nacional dos Povos Indígenas, contou com a presença de autoridades dos três poderes constituídos, convidados e representantes da comunidade indígena Jaminawa. Na ocasião, foram realizadas atividades em celebração à cultura e tradições indígenas, além da ação do Programa Criança Feliz.

De acordo com o último censo do IBGE, existem 282 indígenas em contexto urbano no Município de Brasileia, e o MPAC atua para que seja garantido a esse público o acesso a políticas públicas e que sejam assegurados direitos fundamentais, como saúde, educação, saneamento básico, alimentação e segurança.

O promotor de Justiça Juleandro Martins, coordenador do Projeto TXAI – que visa fortalecer a execução das políticas públicas de proteção e defesa dos direitos da população indígena do Acre –, destacou a importância da data e exaltou a iniciativa da homenagem.

“Hoje é um dia muito importante para reconhecer a cultura, a resiliência e a força desse povo, mas também é um momento oportuno para pensar em estratégias que possam garantir a esse público vulnerável o acesso a políticas públicas e que sejam assegurados a eles direitos fundamentais, como previstos na Constituição Federal”, afirmou.

* Com informações e fotos da Prefeitura de Brasileia

Fonte: Ministério Publico – AC

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