Brasil
A oposição venezuelana denunciou irregularidades e casos de perseguição política durante o dia das eleições
Os venezuelanos foram este domingo muito motivados às urnas, em massa, para votar nas eleições presidenciais, um processo considerado crucial para o futuro do país produtor de petróleo

Eleitor é detido por agente da Guarda Nacional, em Caracas (REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)
De acordo com os números apresentados pela Sala de Monitorização de Violações Graves dos Direitos Humanos, no país registaram-se 78 casos de perseguição política, 26 incidentes de detenções arbitrárias, 3 desaparecimentos forçados, 8 casos de ameaças e 40 situações de intimidação e assédio.
A Sala de Monitoramento de Graves Violações de Direitos Humanos do comando de campanha Con Venezuela , que apoia a candidatura de Edmundo González Urrutia, denunciou alguns acontecimentos irregulares e perseguições políticas durante o processo eleitoral.
O boletim da Sala de Monitoramento de Graves Violações dos Direitos Humanos do comando da campanha Con Venezuela
“ Juan Carlos (Caldera), Perkins (Rocha) e eu não conseguimos entrar no Conselho Nacional Eleitoral”, disse a ex-deputada Delsa Solórzano em conferência de imprensa, em nome deste grupo nomeado pela Plataforma Unitária Democrática (PUD) – principal coligação da oposição – como testemunhas perante o órgão eleitoral.
Os antichavistas explicaram que por não estarem presentes na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), não podem canalizar “em tempo real” os incidentes que recebem durante o desenvolvimento do processo com os reitores da instituição, portanto – ela observou – eles dependem de um “intermediário” ou de comunicações celulares para atender e resolver os casos.
No entanto, Solórzano manifestou que este “obstáculo”, bem como “todos” os anteriores, serão ultrapassados, pelo que continuarão a insistir com o objectivo de terem acesso à CNE.
Por outro lado, comemorou a participação “extraordinária” nas eleições, nas quais concorrem dez candidatos, entre eles o porta-estandarte do PUD, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, e o presidente Nicolás Maduro, que busca um terceiro mandato consecutivo no poder. poder. .
Horas antes, o comando da campanha de González Urrutia havia denunciado que a algumas de suas testemunhas eleitorais foi negado o acesso aos centros de votação.
Solórzano garantiu que, apesar de não estar presente na CNE, “todos os incidentes foram devidamente comunicados” à entidade.
Os venezuelanos foram este domingo muito motivados às urnas, em massa, para votar nas eleições presidenciais, um processo considerado crucial para o futuro do país produtor de petróleo, ainda prejudicado pela profunda crise económica, que viveu os seus piores momentos entre 2014 e 2020. , e mantém essas eleições sob escrutínio internacional.

EFE observou desde a manhã longas filas de eleitores fora dos centros eleitorais, que foram diminuindo com o passar do tempo, exceto em alguns locais onde o sistema apresentava erros em suas máquinas
A ex-deputada da Assembleia Nacional da Venezuela, Delsa Solórzano fala durante entrevista coletiva neste dia 24 de julho de 2024, em Caracas (Venezuela). EFE/ Ronald Peña
Em Caracas, a EFE observou desde a manhã longas filas de eleitores fora dos centros eleitorais, que foram diminuindo com o passar do tempo, exceto em alguns locais onde o sistema apresentava erros em suas máquinas, um percentual menor, segundo o chavismo e os principais opositores. bloco, a Plataforma Democrática Unitária (PUD).
Rafael Becerra, de Caracas, é um dos afetados por estas decisões, razão pela qual teve que esperar mais de cinco horas sob o sol para poder exercer o seu direito de voto e, como garantiu à EFE, não sairia do centro sem completando sua missão.
“As pessoas estão muito mais motivadas comparativamente aos processos eleitorais anteriores, é bastante motivação”, disse este homem de 33 anos que foi votar acompanhado de um grupo de amigos e familiares, que se encontravam na mesma situação de espera.
Quanto aos restantes conhecidos, garantiu, “todos estão a votar” sem atrasos nos outros pontos habilitados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para este dia, o que totaliza 15 mil.
No caso dele, ele participa desse processo para “tentar ter um futuro melhor ”, depois “dos anos de dificuldades”.
Noutro ponto de Caracas, a estilista Mirla Contreras – que não participou nas últimas eleições presidenciais, realizadas em 2018 – também esperava na fila para votar à tarde, quando o afluxo de eleitores caiu significativamente.
“Ao contrário das eleições anteriores, houve mais mobilização do povo, há mais intenção de votar do que nas anteriores (…) no final é a única maneira que há se o povo quiser ou não uma mudança, ou para defendam aquilo que acreditam através do voto”, disse esta jovem de 26 anos.
Enquanto os eleitores esperavam nas filas, já haviam votado os dez candidatos à Presidência, entre eles o candidato à reeleição, Nicolás Maduro, e o porta-estandarte do PUD, Edmundo González Urrutia.
Tanto os comandos de campanha como algumas autoridades destacaram o “pacifismo” e a “civilidade” com que passou o dia, para o qual são convocados mais de 21 milhões de venezuelanos.
A CNE deverá emitir um primeiro boletim oficial durante a noite, antes do qual é proibida a divulgação de sondagens e projeções sobre possíveis resultados, o que não impediu que numerosos relatórios deste estilo circulassem nas redes sociais.
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Pastor mirim Miguel Oliveira causa polêmica ao atacar Conselho Tutelar em redes sociais
Jovem chamou conselheiros de “raça de bandidos” em stories do Instagram; caso reacende debate sobre exposição de menores no meio religioso

O Conselho Tutelar chegou a aplicar medidas protetivas contra Miguel, o impedindo de pregar presencialmente, fazer transmissões ao vivo e realizar viagens a trabalho. Foto: internet
Com Metrópoles
O pastor mirim Miguel Oliveira, conhecido por suas pregações controversas, está no centro de mais uma polêmica após publicar stories no Instagram com ataques verbais ao Conselho Tutelar de sua cidade. Na publicação, o adolescente utilizou linguagem agressiva para se referir aos conselheiros, classificando-os como “raça de bandidos” e alegando sofrer perseguição por parte do órgão.
“E aí Conselho Tutelar? Virou moda? Já tentaram me tirar do altar, agora querem impedir o sonho de uma criança. Vocês não têm o que fazer e querem mostrar serviço ao governo. Vocês são muito canalhas. Vai lá no morro caçar os meninos que estão traficando, raça de bandidos!”, escreveu ao compartilhar o vídeo de um menino pregando.
A nova declaração reacende o embate entre o garoto e o órgão de proteção à infância e adolescência. O Conselho Tutelar chegou a aplicar medidas protetivas contra Miguel, o impedindo de pregar presencialmente, fazer transmissões ao vivo e realizar viagens a trabalho.
As ações vieram após denúncias de possível exploração religiosa, exposição indevida e promessas de cura em troca de doações.
Após o período de afastamento, a família de Miguel informou que ele havia retomado as atividades sob orientação e com acompanhamento. Desde então, voltou a participar de cultos, eventos religiosos e manter a presença nas redes sociais.
O Conselho Tutelar local informou que está analisando o caso para “tomar as medidas cabíveis de proteção ao adolescente”. Já a igreja onde Miguel realiza suas pregações emitiu nota afirmando que “rejeita qualquer forma de desrespeito às instituições”, mas não mencionou sanções ao jovem.
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Número de pedidos de refúgio no Brasil foi de 68.159 em 2024
O (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, reconheceu 13.632 pessoas refugiadas no Brasil originárias de diferentes países, com predominância da Venezuela.

Refugiados afegãos acampados no aeroporto de Guarulhos: Brasil oficializa acolhimento. Foto: internet
Em 2024, 68.159 pessoas apresentaram pedidos de refúgio no Brasil – um aumento de 16,3% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13), em Brasília, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com base no OBMigra (Observatório das Migrações Internacionais).
Segundo o relatório Refúgio em Números 2025, a nacionalidade com o maior número de solicitantes de refúgio no Brasil foi a venezuelana, com 27.150 pedidos, seguida por cubanos (22.288) e angolanos (3.421). Ao todo, o Brasil recebeu solicitações de refúgio de pessoas oriundas de 130 países.
O documento destaca “crescimento expressivo” no número de solicitações feitas por cubanos, que registraram variação positiva de 94,2% em relação a 2023.
Homens
Em 2024, os homens representaram 59,1% do total de solicitantes de refúgio, enquanto as mulheres responderam por 40,9% dos pedidos. Entre os solicitantes venezuelanos, os homens constituíram 37,6% do total e as mulheres representaram 43%.
Ainda segundo o relatório, em todos os grupos etários o número de homens solicitantes de refúgio superou o de mulheres. A faixa etária de 25 a 39 anos concentrou a maior proporção de homens, com 63,2%, enquanto as mulheres representaram 36,7%. Entre as mulheres solicitantes, 24,3% tinham menos de 15 anos de idade.
Reconhecimento
O documento cita ainda que, em 2024, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, reconheceu 13.632 pessoas refugiadas no Brasil originárias de diferentes países, com predominância da Venezuela.
Ao longo de todo o ano passado, 44,4% das solicitações decididas pelo Conare foram registradas em unidades federativas que compõem a Região Norte. O estado de São Paulo concentrou o maior volume de pedidos de refúgio decididos pelo comitê (36,1%), seguido por Roraima (35,6%) e pelo Amazonas (5,1%).
Os maiores contingentes de pessoas reconhecidas como refugiadas em 2024 tiveram como principais países de origem a Venezuela, que concentrou mais de 93% dos casos, além do Afeganistão, Colômbia e Síria.
Reconhecimento
Os dados mostram que os homens corresponderam a 55,9% do total de pessoas reconhecidas como refugiadas em 2024 no Brasil, enquanto as mulheres representaram 43,9%.
Além disso, 41,8% eram crianças, adolescentes e jovens com até 18 anos. Tanto homens (31,4%) quanto mulheres (37,6%) reconhecidos encontravam-se, de forma mais expressiva, no grupo de idade menor que 15 anos.
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Criança de 2 anos dispara arma do pai e mata a mãe em Mato Grosso do Sul
Após o tiro, ela ainda tentou correr, mas caiu logo em seguida, com o filho permanecendo ao lado dela. O marido recolheu a arma e tentou socorrê-la

Momento em que a criança manuseia a arma na varanda de casa, antes do disparo acidental. Foto: Reprodução
Com Atual
Uma mulher de 27 anos morreu na noite de sexta-feira (13) após ser atingida por disparos feitos acidentalmente pelo próprio filho, de apenas 2 anos, em Rio Verde de Mato Grosso (MS). Segundo a polícia, o menino manuseava a arma do pai, um produtor rural com registro e porte legal da arma, quando o tiro foi disparado. O caso aconteceu enquanto a família estava na varanda de casa e foi registrado por câmeras de segurança.
As imagens mostram que a arma estava sobre uma mesa ao alcance da criança. Enquanto os pais estavam distraídos, o menino pegou a pistola calibre 9 milímetros e, ao brincar com o equipamento, acabou efetuando os disparos. A mãe foi atingida no braço e no tórax. Após o tiro, ela ainda tentou correr, mas caiu logo em seguida, com o filho permanecendo ao lado dela. O marido recolheu a arma e tentou socorrê-la.
A vítima chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O pai da criança vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, em liberdade. A arma foi apreendida e a Polícia Civil também avalia se a situação da criança será acompanhada pelo Conselho Tutelar e por profissionais do setor psicossocial.
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