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Acre

A 8 meses morando dentro na Embaixada brasileira, senador boliviano apela à ONU

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Reportagem publicada na revista semanal Isto É,  senador boliviano Roger Pinto apela à Organização das Nações Unidas para obter salvo-conduto do presidente boliviano para sair de vez do seu País. Veja reportagem abaixo.

Hóspede incômodo

Há oito meses vivendo em uma sala de 20 metros quadrados da Embaixada brasileira em La Paz, O senador boliviano Roger Pinto apela à ONU para obter salvo-conduto do presidente Evo Morales e, enfim, embarcar para o Brasil

Alan Rodrigues

INTOLERÂNCIA O senador é apenas mais um alvo de Evo Morales, como tantos outros opositores que estão detidos ou se refugiaram no exterior

INTOLERÂNCIA
O senador é apenas mais um alvo de Evo Morales, como tantos
outros opositores que estão detidos ou se refugiaram no exterior

Evo Morales, presidente da Bolívia

Evo Morales, presidente da Bolívia

Sem ver o sol há mais de 240 dias, o senador boliviano Roger Pinto transformou uma sala de 20 metros quadrados, localizada no primeiro andar da Embaixada brasileira em La Paz, em escritório e moradia. Vigiado por fuzileiros navais, o cômodo em que vive o parlamentar – um barulhento político do partido Convergência Nacional (CN) – é separado do resto da representação diplomática por uma porta com tranca eletrônica. Ali ele faz suas refeições, dorme, recebe visitas, pratica exercícios em uma bicicleta ergonômica comprada pela embaixada e divide seu tempo entre leituras políticas e bíblicas desde maio de 2012. Há quase oito meses, a Embaixada do Brasil acolheu Roger Pinto como asilado, depois que ele alegou sofrer perseguição política e correr risco de vida. O senador não pode sair da Bolívia porque o governo Morales não lhe concede um salvo-conduto a fim de que embarque para o Brasil. Sua situação é semelhante à do jornalista australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, refugiado na Embaixada do Equador em Londres há sete meses.

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Líder da oposição no Congresso boliviano, Roger Pinto diz ser alvo de perseguição desde que acusou o presidente Evo Morales de ser complacente com a corrupção e o narcotráfico. “A base financeira de sustentação do governo de Evo Morales é o narcotráfico”, denunciou Roger Pinto, antes do asilo. Sem o salvo-conduto, o parlamentar boliviano fica impedido de pôr os pés nas ruas do seu país. Para solucionar essa querela que completará oito meses na segunda-feira 28, os partidários de Roger Pinto desencadearam nos últimos dias uma campanha internacional de solidariedade ao político. “Encaminhamos um pedido junto à ONU e à OEA para mediar essa crise que a cada dia ganha contornos ainda mais desumanos e complicados”, revela o deputado Adrián Esteban, da Convergência Nacional. “É um absurdo como o governo da Bolívia trata um assunto que envolve os direitos da pessoa em uma queda de braço política”, argumenta Esteban. Em carta enviada por Roger Pinto à presidenta Dilma Rousseff no pedido de refúgio, o parlamentar disse que teria urgência em deixar a Bolívia. “Se o meu pai colocar os pés para fora da embaixada, ele pode ser assassinado. Alguém tem que nos ajudar a resolver esta crise”, desabafa Denise Pinto, filha do senador. Denise é a única familiar do senador que ainda vive em solo boliviano. A mulher do político asilado e as outras duas filhas dele mudaram-se para o Acre, Estado fronteiriço com a Bolívia.

MEDIADOR O ministro José Eduardo Cardozo tentará resolver o impasse

MEDIADOR
O ministro José Eduardo Cardozo tentará resolver o impasse

A decisão do governo brasileiro de acatar o pedido de asilo contrariou as autoridades bolivianas, especialmente o presidente Evo Morales, que considera o senador Roger Pinto um inimigo político. O Itamaraty tem feito gestões para que a situação não se prolongue mais. Mas os diplomatas brasileiros não têm tanta esperança de que o governo boliviano recue da posição de não conceder o salvo-conduto. O governo da Bolívia justifica a negativa na emissão do documento alegando que o parlamentar responde a mais de 20 processos tribunais bolivianos. “Isso é um desrespeito”, indigna-se o senador brasileiro Sérgio Petecão (PSD-AC), que acompanha de perto as negociações. Além do apoio dos organismos internacionais, a esperança de familiares e amigos do senador Roger Pinto para a solução do conflito será a chegada à Bolívia no dia 7 de fevereiro do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. 

Fonte: IstoÉ

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Acre

Após horas de interdição, AC-40 tem tráfego de veículos liberado

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Por Leônidas Badaró

Durante a manhã desta quinta-feira, 23, o tráfego de veículos na AC-40 próximo ao município de Senador Guiomard foi interditado por questões de segurança.

A forte chuva provocou o transbordamento de uma açude à beira da rodovia federal que fez com que o tráfego fosse interrompido. Por causa da interdição, uma fila de cerca de mais de três quilômetros se formou no local e alguns motoristas que vinham dos municípios do Alto Acre para a capital acreana acabaram desistindo da viagem.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local e foi avaliado que a estrada não sofreu avaria. Com a diminuição da chuva, o tráfego foi liberado no início da tarde desta quinta e os veículos puderam seguir viagem.

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Acre

Nery tem nova data de audiência e julgamento no caso da morte de garoto de 13 anos

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Sargento da Polícia Militar do Acre, Erisson de Melo Nery – Foto: arquivo pessoal.

Por Raimari Cardoso

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco designou para o próximo dia 30 de agosto, às 10 horas, a audiência de instrução e julgamento do sargento Erisson Nery no caso do assassinato do garoto Fernando de Jesus, de 13 anos, ocorrido em 2017, quando o menor tentou furtar a casa do militar, na capital.

A audiência seria realizada em agosto do ano passado, mas foi suspensa a pedido do promotor público Carlos Pescador em razão da ausência de duas testemunhas. Nesta etapa da ação penal, a justiça decidirá se Nery será ou não pronunciado, ou seja, se vai ou não ser submetido ao júri popular.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, após o homicídio, Nery e um colega de farda, Ítalo de Souza Cordeiro, lavaram o corpo da vítima e os arredores do local, alterando a cena do crime.

O MP também afirma que eles colocaram uma pistola na mão direita do cadáver para sustentar a alegação que o ato foi praticado em legítima defesa. Antes da chegada da perícia, porém, a arma foi movida para uma distância de cerca de 13 centímetros da mão do garoto.

Na audiência que não foi realizada, seria proposta a suspensão condicional do processo em relação ao réu Ítalo, conforme parecer do Ministério Público. Cordeiro, no caso, não responde pelo homicídio, mas por crime de fraude processual.

À época, o advogado Wellington dos Santos, que atua na defesa do sargento Nery, disse que no final será comprovado que o militar agiu em legítima defesa.

Em outro caso de grande repercussão, Nery é acusado de tentativa de homicídio contra o estudante de medicina Flávio Endres de Jesus Ferreira, à época com 30 anos de idade.

O crime aconteceu em novembro de 2021 em um bar na cidade de Epitaciolândia. Neste processo, Nery, que recentemente foi expulso da Polícia Militar do Acre (PMAC), já foi pronunciado e irá a julgamento em Epitaciolândia em data ainda não marcada.

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Acre

MPAC inaugura unidade ministerial em Assis Brasil nesta sexta-feira

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizará nesta sexta-feira, 24, a inauguração da unidade ministerial Procurador-Geral de Justiça Jersey Nazareno de Brito Nunes, no município de Assis Brasil.  

A entrega da unidade será feita pelo procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento, em evento que iniciará às 11h. O prédio está localizado na Rua José do Bonfim, 345, no centro da cidade.

As novas instalações do MPAC em Assis Brasil resultam da destinação de uma emenda parlamentar concedida em 2020 pelo então deputado federal Alan Rick, a fim de proporcionar melhores condições de trabalho aos integrantes da instituição e melhor atendimento ao cidadão.

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