Acre
Durante encontro sobre segurança na fronteira, governo do Acre investe mais R$ 9,7 milhões nas forças policiais
O Acre sediou entre os dias 20 e 21 de outubro o I Encontro de Segurança Fronteiriça Brasil-Bolívia. O evento teve como principal objetivo fortalecer as ações desenvolvidas pelas forças policiais dos dois países, bem como estreitar as relações interinstitucionais. Durante o encontro, houve ainda a assinatura de uma carta de intenções, que pontou uma série de itens referentes a adoção de estratégias no enfrentamento aos crimes transfronteiriços.
Brasil e Bolívia possuem a maior faixa de fronteira entre os países da América do Sul. Essa peculiaridade é responsável por grandes desafios a serem superados na área da Segurança Pública. Os 3.423 quilômetros que delimitam as duas nações são, em sua maioria, locais inóspitos, que acabam facilitando a prática de delitos, principalmente o tráfico de drogas, armas e pessoas, além da travessia de veículos roubados.
Presente à solenidade, o governador Gladson Cameli fez um retrospecto positivo dos inúmeros investimentos realizados em sua administração em prol da Segurança Pública acreana. Sobre o tema específico do encontro, o chefe de Estado recordou a criação do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron). Em atuação desde 2019 , a força policial tem se destacado por sua atuação firme no combate aos crimes fronteiriços.
“Aqui no Acre, criamos o Gefron para reforçar as ações de segurança nos milhares de quilômetros de fronteira que temos com a Bolívia e o Peru. Mas essa iniciativa do nosso governo, como todos sabem, não é o suficiente para darmos conta dessa imensa tarefa. Precisamos do apoio constante da Polícia Federal, do nosso Exército e da União com as forças de segurança dos países vizinhos”, declarou.
Já o vice-ministro de Segurança Cidadã da Bolívia, Roberto Ríos Sanjinés, enalteceu a realização do encontro binacional. Segundo ele, os dois países precisam estar mais unidos e alinhados por meio de estratégias que resultem em duros golpes contra a criminalidade.
“Estes espaços de irmandade entre os países vizinhos nos permitem coordenar ações para lutar contra a delinquência. Os delitos transnacionais merecem ter atenção não só das instituições federais, mas de todas as instâncias que temos nos dois países. É muito importante que a burocracia não seja obstáculo e nos permitam avançar”, afirmou.
Carta de intenções é assinada entre os dois países
Autoridades dos estados brasileiros do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e dos departamentos bolivianos de Pando e Santa Cruz assinaram uma carta de intenções com 17 propostas para robustecer o combate a criminalidade na região de fronteira. O documento também foi referendado por representantes dos governos nacionais dos dois países.
Entre os pontos pactuados, destaque para o intercâmbio entre as polícias bolivianas e brasileiras; criação de enlaces, por meio de grupos em redes sociais, para discussão de interesses no nível estratégico; patrulhamento policial conjunto na região de fronteira; promoção de atividades de capacitação integrada permanentes destinadas ao combate dos crimes transfronteiriços; implementação de tecnologia integrada de consulta de veículos; e implementação de tecnologia de busca de pessoas, em especial de indivíduos com mandados de prisão.
“Saímos deste encontro com uma carta de intenções com 17 estratégias pontuais, que potencializarão o combate aos crimes transfronteiriços, que passam pelo Brasil e Bolívia. É um grande avanço e o primeiro momento que estamos observando, efetivamente, ações integradas dos Estados brasileiros, independentemente de competência ou atribuição constitucional, no sentido de estabelecer o combate e a prevenção adequada a estes crimes”, explicou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Rocha dos Santos.
Segurança Pública do Acre recebe novas viaturas, equipamentos e insumos
Como parte da programação do encontro, o governador Gladson Cameli fez a entrega de 31 viaturas policiais, 13 quadriciclos, equipamentos de informática, insumos para o Departamento de Polícia Técnico-Científica, coletes de proteção balística e capacetes balísticos. Ao todo, o investimento por parte do Estado foi de R$ 9,7 milhões.
“A Polícia Civil está recebendo viaturas específicas para o Departamento de Polícia Técnico-Científica, o nosso serviço de perícia, que é fundamental para atender e solucionar os inquéritos e investigações em andamento. São três viaturas caracterizadas e outras descaracterizadas, que servirão às equipes de investigação. São investimentos fundamentais e quem ganha com isso é a sociedade”, disse o diretor-geral da Polícia Civil, delegado Josemar Portes.
Nos próximos dias, mais 67 viaturas serão entregues a Segurança Pública. O governo do Estado não vem medindo esforços para combater o crime e restabelecer a paz entre as famílias do Acre. Desde o início da gestão Gladson Cameli, as forças policiais têm sido completamente reestruturadas. Somente na contratação de profissionais, mais de mil agentes das polícias Militar e Civil foram contratados. Muito em breve, novos concursos públicos serão realizados para reforçar os quadros das instituições que integram o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp).
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“Não tem compromisso com a população”, diz Fábio Araújo sobre o prefeito da Capital
Durante a sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na quarta-feira, 24, o vereador Fábio Araújo fez as suas críticas ao prefeito Tião Bocalom, e destacou uma sequência de promessas não cumpridas, acusando a gestão municipal de mentiras e falta de compromisso com a população.
“É lamentável se deparar com cargos comissionados da prefeitura e, aliás, de pessoas importadas lá de Plácido de Castro, que passam o dia todinho na rede social prometendo e não fazendo nada pela população de Rio Branco.”
Araújo iniciou seu discurso questionando a promessa feita pelo prefeito, no que diz respeito ao asfaltamento de ruas na cidade. Segundo o vereador, Bocalom teria alegado que o Ministério Público teria impedido a pavimentação das 607 ruas prometidas, desmentido em um documento oficial, que afirmou que não tinha impedimentos legais para o asfaltamento.
“O prefeito de Rio Branco disse que ia asfaltar toda a cidade como nunca foi feito, aí solta uma lorota dizendo que o MP impediu de pavimentar 607 ruas do programa asfalta Rio Branco, os dois promotores do ministério público se manifestaram em um documento assinado dizendo que a prefeitura de Rio Branco não tem nenhum impedimento de pavimentar as ruas.”
Além disso, o vereador criticou o programa “Recomeço”, o qual a prefeitura teria prometido entregar itens domésticos à população, mas que, segundo ele, não foram entregues. Criticou também a gestão com o programa “Mil e Uma Dignidades”, apontando falta de documentação no projeto e alegando falta de competência na gestão.
“Bocalom promete entregar no dia das mães mil e uma casas à população de Rio Branco e agora me vem com mais uma mentira, dizendo que esse ano é um ano eleitoral e que só vai entregar as casas depois da eleição, senhor prefeito assuma que a sua gestão não teve competência para tocar o projeto mil e uma dignidades.”
O vereador finalizou pedindo que o prefeito Bocalom assuma suas responsabilidades diante das promessas não cumpridas.
“Prefeito, coloque os seus projetos para andar, não fique aqui inventando desculpas para a população de Rio Branco, eu só tenho a lamentar mais uma vez a falta de compromisso do prefeito Tião Bocalom com a população.”
(Por Fernanda Maia, estagiária de Jornalismo na CMRB)
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Vereador João Marcos Luz rebate críticas a gestão municipal
Durante a sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na quarta-feira, 24, o vereador João Marcos Luz, líder do prefeito Tião Bocalom, utilizou a tribuna para rebater as declarações feitas pelo vereador Fábio Araújo em relação à gestão municipal.
“No início deste ano, por ser ano eleitoral, obviamente o debate político vai ser prioridade, porque o que nós queremos é alertar o cidadão de Rio Branco das mentiras propagadas durante 20 anos, que hoje o vereador Fábio Araújo representa aqui nesta casa.”
O vereador fez críticas ao partido de Araújo e também refutou a acusação de que o prefeito prometeu asfaltar todas as ruas da cidade, declarando que o programa em questão se chama “Asfalta Rio Branco”, e não teve promessas exageradas. “O prefeito Bocalom criou com o apoio desta casa aqui o programa asfalta Rio Branco, o nome do programa é asfalta Rio Branco, em nenhum momento ele disse vou asfaltar todas as ruas de Rio Branco, o vereador Fábio veio aqui mentir.”
Luz declarou sobre a gravidade dos problemas enfrentados pela cidade, como a insegurança e o desemprego, e criticou a oposição usando como justificativa a falta de conteúdo dela, que, segundo ele, se limita a desgastar a gestão atual. “Já disse aqui que não tem conteúdo, eles querem apenas desgastar, o vereador chamou quatro vezes o prefeito aqui de mentiroso, olha só a oposição, a postura de um opositor, não tem postura, faz oposição de qualquer jeito, atacando, querendo que não aconteça.”
Em relação ao projeto “Mil e Uma Dignidades”, Luz defendeu a atuação do prefeito e destacou os desafios enfrentados, como as enchentes e a burocracia. Ele declarou que as casas serão entregues.
“Então, se não foi possível entregar agora, certamente vai ser possível entregar no momento oportuno, e eu tenho certeza que o Ministério Público jamais será contra um projeto como esse até porque é um projeto magnífico, o prefeito Bocalom é um homem de visão e é isso que tem incomodado a população.”
Por fim, o vereador criticou a tentativa de atribuir todos os problemas ao atual governo municipal, e alegou que muitos deles foram herdados de gestões anteriores
“Querer jogar tudo nas costas da prefeitura, quer dizer que então a prefeitura tem que corrigir a lambança que o governo do estado fez, e é bom que se diga, não foi no governo do governador Gladson Cameli não, foi no governo do PT, e isso é muito grave.”
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Presidente do TJAC articula com prefeito de Cruzeiro do Sul sobre Família Acolhedora
Entre as pautas para o fortalecimento institucional, a desembargadora-presidente tratou sobre o programa Família Acolhedora
Em agenda no Juruá, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari visitou nesta quarta-feira, 24, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima. A magistrada esteve acompanhada da juíza de Direito titular Gláucia Gomes, da Comarca de Mâncio Lima, e do juiz de Direito substituto da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Cruzeiro do Sul, Luís Rosa.
Entre as pautas para o fortalecimento institucional, a desembargadora-presidente tratou sobre o programa Família Acolhedora, que seleciona famílias e fornece capacitação para que essas famílias recebam, em suas residências, até duas crianças, em regime de guarda provisória. O programa é executado pela Prefeitura de Rio Branco em parceria com o TJAC, e a desembargadora-presidente, entusiasta nas causas da criança e do adolescente, dialogou com o prefeito de Cruzeiro do Sul para que ele também faça parte da ação.
“Não há restrições de gênero, raça ou orientação sexual, apenas é preciso cuidar, dar carinho e ter disponibilidade para atender temporariamente a criança ou adolescente. Contamos muito com a adesão da Prefeitura de Cruzeiro do Sul. O prefeito apresentou interesse na causa e vamos alinhar a questão”, disse a desembargadora.
Os juízes de Direito que acompanharam a presidente na agenda também compartilharam situações de famílias que acolhem as crianças e adolescentes em vulnerabilidade tanto no município de Mâncio Lima quanto em Cruzeiro do Sul.
O prefeito agradeceu pela visita, mostrou interesse em aderir à causa como forma de demonstrar respeito e inclusão permitindo que os jovens possam ter a esperança de uma vida melhor e garantiu que o assunto estará sendo trabalhado pela equipe da Assessoria Jurídica do município.
Estiveram presentes na agenda o secretário de Gestão, Matheus Lima; o secretário da Casa Civil, Ney Wilian; o secretário de Comunicação Chico Melo, e a controladora-geral, Marcelle Martins.
Família Acolhedora
O trabalho tem a missão de propiciar que crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade, sejam recebidas em um lar e não direcionadas para instituições. Assim, essas crianças ou adolescentes ficam provisoriamente com famílias acolhedoras pelo período que se busca a reintegração na família biológica.
Em Rio Branco, é oferecida uma bolsa-auxílio de um salário mínimo, para os cuidados necessários do infante.
Os participantes precisam estar sempre cientes de que o serviço de acolhimento familiar é, por natureza, provisório, uma vez que a qualquer momento a criança ou adolescente acolhido pode ser reinserido na família de origem, se houver a possibilidade. Portanto, ao entrar para o programa o participante deve saber que os laços afetivos devem ser construídos com base na devolução futura do menor ao núcleo familiar biológico.
Fonte: Tribunal de Justiça – AC